No AMAZÔNIA:
O que era para ser apenas uma reunião dentro do ginásio de esportes do campus II da Universidade do Estado do Pará (Uepa) se transformou em ato público dos educadores estaduais, inclusive com bloqueio da trav. Perebebuí, provocando engarrafamento e transtorno para motoristas que pretendiam chegar à av. Almirante Barroso pela via de acesso, ao lado do Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco. Depois de se reunirem com representantes sindicais de 37 municípios, os professores ampliaram o encontro a um grupo maior, incluindo estudantes, e mantiveram a greve que chega ao décimo dia sem avanços nas negociações com o governo.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), Eloy Borges, falou a cerca de 1,5 mil pessoas que participaram o ato público, o maior contingente até o momento desde o início da paralisação. O representante da categoria anunciou um calendário de mobilizações para aumentar a adesão dos profissionais ao movimento, que já atinge 47 cidades paraenses e, em Belém, agrega 80% dos servidores da Educação. A mais importante ocorrerá na próxima quinta-feira, 21 com a 'marcha pela educação', a qual terá concentração no trevo do conjunto Satélite, na rodovia Augusto Montenegro, e vai até a sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) pressionar por uma audiência com a secretária estadual, Iracy Gallo.
No dia 22, os professores se reúnem em assembléia geral para avaliar as negociações. Segundo Borges, o governo quer conceder reajuste de 12% para servidores com nível fundamental; 10% para nível médio; e 6% para nível superior, além de empurrar a discussão sobre aumento no vale-alimentação para setembro somente, quando a concessão pelo Estado do benefício completa um ano.
Já a categoria exige um acréscimo de 30% para todos os níveis, além de aumento imediato e igualitário no vale alimentação de R$ 300. O presidente do Sintepp diz ainda que a entidade exige repasse de 100% das verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para melhorias no rendimento dos professores. Para educadores é pago, atualmente, R$ 126, e a reivinicação é que suba para R$ 200. Para demais servidores da educação, o valor é de R$ 100, sendo que a exigência é que aumente para R$ 140. 'Vamos continuar a mobilização para conscientizar mais profissionais a lutar por melhores condições de trabalho e salários mais dignos', dise Eloy Borges.
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