segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Criminosos invadem casas e executam três

No AMAZÔNIA:

O flanelinha Ney Machado Gomes, de 42 anos, pagou com a própria vida uma dívida por causa de drogas. Ele foi executado dentro da casa onde morava, na passagem Bom Jesus, na ocupação Portelinha, próximo ao final da linha do bairro do Tapanã. O mandante do crime, segundo uma testemunha, é um traficante que mora na mesma comunidade.
Ney foi assassinado às 15h30 de ontem. Ele e a mulher, uma dona de casa de 42 anos, estavam em casa quando três homens chegaram ali, a pé. Um deles era um traficante, acompanhado de dois pistoleiros. O primeiro apontou a casa da vítima. Os outros dois invadiram o local e encontraram Ney dormindo. A mulher assustou-se com a invasão, mas recebeu ordens de ficar quieta. Segundo ela, os criminosos entraram na casa dizendo 'Te sai, te sai! Nem te mete que o negócio não é contigo!'. Em seguida, deram três tiros em Ney e saíram.
Quando já estavam a alguns metros de distância do casebre, os executores escutaram a vítima gemendo. Por causa disso, eles retornaram e, diante da vítima agonizando, teriam dito 'Ah! Tu ainda não morreste? Toma mais isso!'. Ney foi baleado mais duas vezes.
Em desespero, a mulher de Ney perguntou o porquê do crime. O traficante teria respondido 'Teu marido pegou três ‘bagulhos’ (drogas) lá em casa e, até hoje, não voltou para ‘se limpar’ (quitar a dívida)'.
Na Portelinha, onde cerca de 500 famílias vivem em situação precária, o acontecimento chamou a atenção de muitos moradores. Dezenas de curiosos se aglomeraram na rua de chão batido onde fica a casa da vítima, uma habitação feita em madeira, de apenas um compartimento. Muitos se acotovelavam para olhar pelas frestas das tábuas da casa, na intenção de acompanhar o trabalho dos peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
Ney e a mulher moravam no casebre há cerca de cinco meses, mas já estavam procurando casa em outra área. Segundo ela, ontem mesmo o casal havia saído para procurar outro lugar para morar. Ela confirmou à polícia que o marido era usuário de drogas.
O sargento PM E. Cruz, da 23ª Zpol, esteve no local e orientou a mulher da vítima a se dirigir para a Seccional Urbana de Icoaraci para fazer uma comunicação oficial da morte do marido. 'Ela disse que não pretende voltar a morar aqui. Disse ter medo de também ser morta pois testemunhou tudo', comentou o policial, que, junto com sua equipe, chegou a ir à casa do suspeito de ser o mandante do crime. 'Ele mora duas ruas depois da vítima. Estivemos lá, mas ele não foi encontrado. Já os que atiraram moram numa outra área de invasão, chamada Tocantins, que fica ao lado da Seduc', informou o PM.

Um comentário:

Anônimo disse...

E não adiantará a polícia gastar tempo e dinheiro para prender os assassinos e o traficante.
Será somente para passar vergonha tendo de assistir, impotente, um "ilustríssimo engravatado" no arcondicionado do STJ em Brasília mandar soltar todos os "cidadãos".
Eles, os bandidos, tal como o "grande Dote", o bigboss, NÃO OFERECEM PERIGO a sociedade.
Essa é a grande piada do momento.
Resta-nos rezar.
E só.