No AMAZÔNIA:
Mesmo sem fechar um acordo, a greve dos fiscais da Sefa (Secretaria de Estado da Fazenda) foi suspensa ontem, após a determinação do juiz de Direito Marco Antonio Lobo Castelo Branco, titular da 2ª Vara da Fazenda Pública da Capital. Embora tenham voltado ao trabalho, o ritmo dos servidores foi bastante lento, e a produtividade foi considerada muito abaixo dos índices normais.
Os fiscais fizeram uma assembleia por volta das 10 horas, na unidade da secretaria localizada na avenida Gentil Bittencourt para acertar os rumos do movimento. Conforme avalia Charles Alcântara, presidente do Sindicato do Fisco do Estado do Pará (Sinditaf), não há motivação entre os funcionários da Sefa para continuar trabalhando, pelo menos enquanto a negociação não for encerrada. 'Não há como pedir o máximo dessas pessoas enquanto não houver uma decisão. A campanha completa hoje (ontem) cinco meses. O governo recebeu a primeira portaria em 30 de maio deste ano'.
Uma comissão de servidores foi chamada até a sede da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof) para iniciar uma nova rodada de negociação. Quem encabeçou a mesa foi o secretário José Júlio Lima, titular da Sepof. O secretário da Fazenda, José Barreto Trindade, não participou da rodada de propostas. Segundo o presidente da Associação dos Servidores do Fisco do Estado do Pará (Asfepa), Antônio Catete, a negociação avançou, mas ainda não é suficiente para 'bater o martelo'. 'A proposta ainda não agrada, embora o fato de nos chamarem para negociar seja positivo. Não queremos negociar a vida toda, e as tentivas de fechar um acordo já ultrapassam cinco meses. É hora de acabar, pois é importante para nós, e também para o governo', destaca.
Catate explica que foi solicitado uma contraproposta por parte do governo. 'Pedimos a incorporação de uma parcela da produtividade de 75% no vencimento. O secretário, por outro lado, acena para uma parcela de 60%, o que não está longe do que pedimos. No início eles estavam nos dando 55%, que é o equivalente a zero em ganho real. Os 60% que nos ofereceram representa 5% de ganho real. O que nós pedimos equivale a 20% de ganhos', comenta. Antonio comenta que na próxima quinta-feira está agendada uma nova assembleia .'Na próxima terça-feira a categoria se reúne às 14 horas, novamente com o secretário José Júlio. Espero que desta vez, o impasse acabe', diz.
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