quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dois mortos e dez feridos em rodovia

No AMAZÔNIA:

Duas pessoas morreram e dez ficaram feridas em acidente envolvendo um ônibus da linha Tenoné/Ver-o-Peso e um micro-ônibus que transportava passageiros irregularmente, fazendo a linha Maguari/São Brás, ontem pela manhã, na rodovia Augusto Montenegro. Quatro pessoas que estavam em uma parada foram atingidas pelo micro-ônibus. Um bebê de 28 dias foi arremessado da calçada pela mãe, que morreu no hospital. A criança, que caiu em um matagal no acostamento, sofreu escoriações, mas passa bem. O pai dela morreu no local do acidente. A tia do bebê está internada em estado grave no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua.
As vítimas fatais foram identificadas como: Edinaldo Damasceno de Moraes, 42 anos, técnico de enfermagem do Hospital Ofir Loyola; e Shirley Cardoso dos Anjos, 31 anos, também técnica em enfermagem, mas da Santa Casa de Misericórdia. Os dois eram os pais da criança sobrevivente, que foi arremessada e receberia alta do hospital ainda na noite de ontem. A irmã de Shirley, Márcia Cristina Cardoso dos Anjos, de 34 anos, sofreu traumatismo craniano e seria submetida a cirurgia ontem.
Testemunhas acusam o motorista do micro-ônibus, Ivan Garcia Silva, de ter sido imprudente ao cruzar a frente do ônibus bruscamente para apanhar Edinaldo, que fazia sinal em uma parada em frente ao residencial José Homobono, na rodovia Augusto Montenegro. Ao ser atingido pelo ônibus, o micro-ônibus tombou de lado sobre Edinaldo. A maioria dos feridos estava no micro-ônibus. Segundo testemunhas, o motorista causador do acidente nada sofreu. Ele foi detido pela Polícia Militar e conduzido para a Seccional Urbana de Icoaraci.
O acidente ocorreu por volta das 6h40 de ontem. Edinaldo, junto da companheira, da cunhada e de seu bebê, estava em uma parada da pista de sentido Icoaraci/Entroncamento. Ao avistar um micro-ônibus da linha Maguari/São Brás passando pelo outro lado da pista, ele fez sinal. Para não perder o passageiro, o motorista do micro-ônibus (de placas DDA 0740) executou uma manobra brusca à frente de um coletivo Tenoné/Ver-o-Peso (de placas JUR 5736), da empresa Vianorte.
'O motorista do Tenoné foi pego de surpresa. Não teve como frear. Ele nem imaginava que o micro-ônibus pretendia ‘cortar’ a frente dele. O Tenoné bateu o micro-ônibus pelos fundos e foi arrastando-o por uma boa distância. Quando parou, o micro-ônibus virou de lado e caiu em cima do rapaz que tinha feito sinal', disse Manoel da Conceição Silva, de 61 anos, que fazia sua caminhada matinal no momento do acidente. 'Esse rapaz fez sinal para a morte', refletiu Manoel, falando de Edinaldo.
Ainda segundo essa testemunha, houve grande comoção entre as pessoas que estavam na parada e outros transeuntes que viram que havia uma pessoa presa debaixo do micro-ônibus. 'Todo mundo se juntou para levantar o micro-ônibus, mas quando conseguiram, o rapaz já estava morto', disse ele.

Um comentário:

Anônimo disse...

Augusto Montenegro/Icoarací ,Terra sem lei!
Assistimos diariamente cenas de arrepiar na Av. Augusto Montenegro e em Icoarací.
Alí quem manda e desmanda são duas grandes "gangues": motoqueiros-mototáxis e vans.
Seja na mão ou contra mão; seja na rodovia ou dentro da vila, não há limites de velocidade nem paradas a serem respeitadas.
Todos param onde querem e os incomodados e prejudicados que se afastem.
Sem reclamar, pois poderão ser alvo de violência.
As vans e kombis (muitas caindo aos pedaços e de porta aberta)são dirigidas por malucos sem cinto de segurança, que cortam a frente de todos, param atravessados na pista, sem se incomodar se estão atravancando o trânsito.
A coisa mais comum é mototáxi fazer contramão em qualquer rua, levando na garupa um passageiro que não sabe se chegará inteiro em casa.
Cena corriqueira é encontrar um motoqueiro estendido na rua, com a moto esmagada por um carro.
Isso é apenas um pequeno resumo da barbárie que é trafegar lá para aquelas bandas.
Ctbel? Detran? Polícia?
Coisa rara por ali...
Presente mesmo, todo dia, é a possibilidade de novas tragédias e mais mortos.