No AMAZÔNIA:
A receita tributária do governo estadual deve sofrer um abalo este mês, por conta da greve branca de auditores e agentes da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), iniciada hoje. Como os servidores irão ao trabalho sem fazer o serviço, até sexta-feira, para pressionar o governo por um acordo salarial mais vantajoso, a fiscalização se afrouxará nesses dias e a tendência é que a arrecadação caia. Amanhã pela manhã, os filiados ao Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindtaf) se reúnem para decidir se a greve continua nos dias seguintes.
O impasse entre a demanda do sindicato e a proposta do governo reside em um fato: o salário-base da categoria, atualmente R$ 460,00. O resto do ganho é variável, podendo alcançar até R$ 10 mil para os auditores e R$ 7,5 mil para os agentes. O Sindtaf quer que o ganho fixo do trabalhador seja dois terços desses valores; o resto permaneceria variável, de acordo com a arrecadação do mês e o número de multas aplicadas. A proposta do governo estadual consistiu apenas em reajuste nos valores das gratificações, o que atende apenas em parte os anseios dos servidores.
O presidente do Sindtaf, Charles Alcântara, se diz confiante no sucesso do protesto. 'Agora no fim do mês o impacto de não haver fiscalização é ainda maior', diz. 'Enquanto há a greve, estamos abertos a negociação. Já estávamos antes, mas não havia sucesso. Não há motivo para um procurador ganhar um salário fixo enquanto que nós nunca sabemos quanto vai ser nosso salário no mês seguinte', argumenta.
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