A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou na quarta-feira por 187 votos contra três o bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos a Cuba desde 1947, uma mensagem da comunidade internacional para o presidente norte-americano, Barack Obama.
Obama prometeu “relançar” as relações dos Estados Unidos com a ilha comunista, mas disse que não revogaria as sanções até que Cuba mostrasse avanços nos direitos humanos.
“O bloqueio a Cuba é uma política unilateral e criminal que também deve ser revogada unilateralmente”, disse o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, à Assembléia Geral da ONU após a votação.
“Não é racional, justo nem possível esperar gestos de Cuba para que revogue a aplicação criminal de medidas contra o povo cubano, incluindo suas crianças e idosos”, acrescentou.
O diplomata disse que Obama havia dado “alguns passos na direção correta”, como eliminar as restrições às viagens e ao envio de remessas pelos norte-americanos de origem cubana à ilha.
Mas Rodríguez disse que o bloqueio, que Cuba atribui aos muitos problemas econômicos enfrentados pelo país, continuava “intacto”.
“Desde a eleição do presidente Obama, não houve mudança alguma na aplicação do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba”, disse Rodríguez.
Este é o 18º ano consecutivo que a Assembléia Geral da ONU condena as sanções. No ano passado, o embargo havia sido condenado por 185 votos contra os mesmos três.
Apenas EUA, Israel e Palau se posicionaram contra, ao passo que as Ilhas Marshall e a Micronésia se abstiveram.
O jornal cubano Gramna disse que o bloqueio teve uma “contundente condenação” da Assembléia Geral das Nações Unidas, com 187 votos a favor, “duas nações a mais que no ano passado”.
“Mais uma vez, a cruel política mantida pelas administrações americanas contra o povo cubano ficou isolada perante a comunidade internacional, numa demonstração de rechaço àqueles que pretendem destruir sua Revolução”, indicou o jornal em sua edição digital.
O jornal Juventud Rebelde disse que “Cuba obteve hoje outra vitória política” e que “os Estados Unidos (ficaram) outra vez isolados”.
Com informações de agências
Portal vermelho
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