segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mais de 3 mil protestam contra operação

No AMAZÔNIA:

A polícia calcula que mais de 3 mil pessoas protestaram ontem à noite contra operação 'Rastro Negro', do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Paragominas, sudeste do Estado. Três carros do instituto foram incendiados pelos manifestantes, que também levaram doze caminhões com madeira ilegal apreendidos na operação.
O delegado da Seccional Urbana de Paragominas, Vicente Gomes, disse por telefone que os manifestantes, entre eles madeireiros, levaram os doze caminhões com a carga de 400 metros cúbicos apreendida, que estavam no estacionamento do escritório regional do Ibama. 'A manifestação começou por volta das 19 horas. Eles retiraram todos os caminhões com madeira do Ibama. É impossível controlar essa situação, tem muita gente envolvida. Nós precisamos de uma Polícia especializada', disse o policial se referindo à identificação dos criminosos
O sargento Ildemar, do Corpo de Bombeiros, disse que a Polícia Civil prendeu alguns manifestantes, mas não soube dizer exatamente quantas pessoas. O fogo no veículos do Instituto foi controlado somente às 20 horas. O militar disse ainda que os manifestantes ameaçaram invadir e incendiar o prédio da Seccional Urbana de Paragominas e queimar um helicóptero da Polícia. O Hotel Indiana, onde os fiscais do Ibama estavam hospedados, também foi alvo da manifestação. Os manifestantes tentaram também incendiar o prédio, mas o fogo foi rapidamente controlado.
O analista ambiental do Ibama Givanildo Lima disse que ele e a sua equipe foram orientados a ficar no hotel por causa das possíveis agressões. A investigadora da Seccional Urbana de Paragominas Michele Corrêa também foi orientada a ficar na delegacia. Ela informou que apenas parte da equipe foi até a sede do Ibama e que a situação na cidade era muito grave. 'Nós também estamos sendo ameaçados pela população', disse, salentanto que o clima na cidade é de tensão.
Givanildo Lima disse que os manifestantes alegaram que a operação 'Rastro Negro' irá causar desemprego em Paragominas.
A Operação Rastro Negro foi iniciada no dia 28 de outubro, sob coordenação do Ibama no Pará e apoiada por soldados do Batalhão da Polícia Militar de Paragominas, que visa combater à produção, transporte e comércio ilegal de carvão vegetal no Estado.

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