No AMAZÔNIA:
Mais de sete mil cartas endereçadas ao Papai Noel devem ser depositadas na Agência Central dos Correios, na avenida Presidente Vargas, em Belém, até o dia 15 de dezembro, prazo final para participar do programa 'Papai Noel dos Correios'. A estimativa foi feita com base nos números do ano passado, quando os Correios receberam 7,5 mil cartas. Quase 50 por cento dos pedidos, segundo Celeste Vidigal, da Assessoria de Comunicação, são bicicletas e videogames.
As cartas que chegam até os Correios passam por uma triagem feita por cerca de 40 funcionários, que fazem o trabalho voluntariamente. Só então vão ao salão da empresa, onde podem ser lidas e 'adotadas' por qualquer pessoa. 'A pessoa vem até aqui, lê as cartas e escolhe uma ou mais para atender', explica Celeste. Os 'padrinhos', como são chamadas as pessoas que atendem os pedidos feitos pelas crianças, podem entregar o presente pessoalmente ou deixar o serviço a cargo dos Correios. 'Quem preferir pode deixar aqui e a gente entrega.'
Pedidos muito caros ou feitos por adultos têm menos chance de chegar até as mãos dos padrinhos. 'Na triagem a gente procura eliminar aqueles pedidos que dificilmente serão atendidos, como computadores ou playstation'. Esse ano, os Correios também está limitando os pedidos de cestas básicas, um dos campeões em 2007. 'Esses pedidos geralmente são feitos por parentes adultos das crianças. Apesar da necessidade, entendemos que esse tipo de pedido descaracteriza nosso propósito', explica Celeste. Segundo ela, quem pede simplesmente um brinquedo tem muito mais chances de ser atendido.
Menino pede uma bicicleta de natal
Ontem de manhã, a dona-de-casa desempregada, Jacimara do Socorro, foi até a Agência dos Correios, na Presidente Vargas, depositar duas cartinhas nas caixas destinadas exclusivamente às correspondências endereçadas ao Papai Noel. As duas continham o mesmo pedido: bicicletas. 'Uma foi meu filho que escreveu. A outra eu mesmo escrevi para um coleguinha dele que é muito pobrezinho e mal sabe escrever', contou. Jacimara e o filho Renan, de 10 anos, moram no bairro do Benguí. Atualmente a família sobrevive do dinheiro que o pai ganha vendendo picolé pelas ruas. 'Ano passado eu estava trabalhando e comprei um carrinho para ele, mas agora vai ser difícil. Espero que a carta dele seja escolhida', torce.
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