quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Águia briga por ida para a série B

No AMAZÔNIA:

Os jogadores do Águia de Marabá, que trabalharam e fizeram a sua parte dentro de campo, agora aproveitam o período de férias para descansar e preparar-se para a nova temporada, quando o time chegará com moral nas competições devido à bela campanha neste ano. A reapresentação do elenco deverá ficar para o dia 3 de janeiro. Porém se engana quem pensa que o clube encerrará as atividades ainda este mês. A partir de agora, a ordem no Águia é fazer um 'mutirão de influências' para que o Duque de Caxias-RJ seja punido adequadamente por causa do episódio do 'cai-cai', na partida contra o Rio Branco-AC, na Arena da Floresta.
O plano do Águia pode até parecer ousado, mas não se trata de resolver 'na marra'. Na verdade, o clube não quer deixar que aconteça mais uma 'maracutaia' a favor de um clube do Rio de Janeiro em competições nacionais. Ferreirinha, presidente do Águia de Marabá, pede que seja feita uma mobilização de políticos paraenses em torno desta causa. 'Já existe uma ação impetrada neste sentido. Na época que isto aconteceu, todos os times que estavam no octogonal entraram com esta ação, menos o Atlético-GO. Quem ficou à frente foi o advogado do Guarani, mas representando todos os times interessados. Esta ação entraria na pauta do Tribunal amanhã, mas foi adiada. É provável que aconteça na outra quinta-feira. Nós vamos seguir com isto até o final', disse Ferreirinha. 'O que não pode acontecer é o time do Duque ser privilegiado mesmo tendo feito corpo mole na partida. Se eles continuassem, seriam goleados pelo Rio Branco naquele dia. Seria como se os atletas do Águia começassem a simular contusões logo depois de empatar a partida contra o Guarani, no último domingo, e não fossem punidos', acrescenta. Segundo Ferreirinha, o advogado Hamilton Gualberto, que já defendeu atletas do Azulão durante o campeonato, é quem ficará responsável pelo caso.
Todo este imbróglio gira em torno de duas decisões tomadas pelo STJD. Quando na época do episódio o caso foi julgado, de acordo com o artigo 205 do Código Desportivo, a pena para o Duque de Caxias foi de R$ 10.000,00 e previa ainda a perda de pontos da equipe fluminense na partida, por simular contusão e impedir a continuidade do jogo. No entanto, quando julgada em segunda instância, a pena para o Duque foi reduzida para apenas o pagamento da multa. O técnico do Águia, João Galvão, nem cogita a possibilidade de ser vítima de uma nova 'tramóia' no futebol brasileiro e sugere o envolvimento de duas pessoas com muita influência no futebol nacional, um ex-jogador e um ex-dirigente. 'Nós estamos nos articulando. Ligamos para deputados e vamos fazer lobby para que essa injustiça não aconteça. Recebemos a ligação do presidente do Vitória da Conquista-BA, que também está interessado no caso. Isto é uma sacanagem típica do futebol carioca. Existem comentários que tem gente grande por trás disso, um ex-jogador e um ex-dirigente. Mas não vamos perder a vaga para um time pilantra', criticou Galvão.
O técnico do Águia ainda vai além. 'Como pode um país que quer receber uma Copa do Mundo permitir que este tipo de falcatrua ainda vingue no nosso futebol?', indaga. Vale ressaltar também que o STJD, que julga as causas desportivas, é situado no Rio de Janeiro.

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