No AMAZÔNIA:
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, chega a Paragominas, hoje, para se reunir com o prefeito, Adnan Demachki, políticos e a comunidade. Também visita uma madeireira, quatro dias após a invasão do escritório do Ibama naquele município. Segundo informações do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Minc chega a Paragominas por volta das 9h30 e retorna para Brasília por volta das 16h. Ele estará acompanhado do superintendente do Ibama no Pará.
O roteiro exato do ministro não foi divulgado, segundo a assessoria, por questões de segurança. A pauta a ser tratada com as autoridades locais e com a comunidade também não foi divulgada. Quanto ao pedido feito pelo ministro, de apoio da Força Nacional de Segurança Pública, também não foi informada a resposta. No dia 24, Minc disse que a operação 'Rastro Negro', de combate à exploração ilegal de madeira para a fabricação de carvão, não será suspensa no Pará.
Apesar da investida contra os agentes do Ibama, ele ainda pediu reforço da FNSP para dar suporte às ações. No domingo passado, o grupo de revoltosos tentou invadir o hotel onde estavam os fiscais ambientais.
A ação do grupo, que contou com auxílio até de trator, também foi marcada pela depredação do escritório do Ibama em Paragominas e pelo roubo de caminhões com toras de madeira apreendidas em fiscalizações. A situação só foi contornada com a chegada da Polícia Militar, que dispersou os invasores com bombas de gás lacrimogênio.
Segundo dados do Ibama, a Operação Rastro Negro, iniciada em outubro, já destruiu mais de 200 fornos ilegais de carvão. No mesmo período foram apreendidos 120 metros cúbicos de carvão vegetal. As multas aplicadas até agora são calculadas em R$ 2 milhões. Conforme o MMA, a essência de maçaranduba só é encontrada na reserva indígena próxima à estrada da Caipe, onde os infratores foram flagrados. Seria, então, um indício da ilegalidade.
Serrarias - Mais de vinte viaturas da Polícia Federal e do Ibama, que compõem o comboio da operação Arco de Fogo, chegaram em Paragominas na manhã de anteontem, e seguiram viagem para a área de assentamento Paragonorte, na divisa do Pará com o Maranhão. O local está na reserva indígena no Alto Rio Guamá. A intenção dos agentes é mapear toda a região de onde saiu a madeira apreendida em operação recente e que foi retirada do pátio do Ibama no último domingo.
Na manhã de anteontem, os agentes do Ibama fecharam duas serrarias que funcionavam na cidade. São elas Dalmadi, que foi embargada em abril, mas que continuava em pleno funcionamento e a Negreiro que foi fechada porque estava transportando madeira em volume até três vezes maior do que o permitido por lei. Na empresa, caminhões com capacidade para carregar 45 metros, estavam transportando até mesmo 129 metros. Na Serraria Negreiro os fiscais apreenderam também dois mil metros cúbicos de madeira que estavam no pátio da empresa. A Serraria deverá ser multada pelo Ibama por transporte ilegal e comercialização de madeira sem licença ambiental.
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