No AMAZÔNIA:
Um estudante foi baleado dentro da Escola Estadual Professor Camilo Salgado, no bairro do Jurunas, ontem à tarde. Igson de Sousa Luz, de 18 anos, foi levado para o Pronto-Socorro Municipal do Guamá. Ferido na nuca, mas de raspão, ele não corre risco de morte. O acusado de ser o autor do disparo também é um estudante do colégio. Trata-se de Anderson Roberto Maciel Farias, de 21 anos.
Lotado na 4ª Zona de Policiamento, o capitão Jomires esteve na escola, localizada na avenida Roberto Camelier, próximo à avenida Fernando Guilhon. E informou que o baleamento ocorreu por volta das 17 horas. Segundo ele, Igson encontrava-se na sala onde ele e o acusado estudavam, quando houve o disparo. E que o motivo do baleamento seria uma 'rivalidade' entre os dois estudantes.
Um tio da vítima esteve no colégio, já no início da noite. Esse tio, que não chegou a se identificar, contou que Igson foi, sozinho, e em um táxi, para aquele hospital. Ele também garantiu que o jovem tem um bom comportamento e não se envolve em confusão. O tio questionou o fato de um aluno ter entrado na escola portando uma arma de fogo. O capitão Jomires e os demais policiais sob seu comando deixaram o prédio da Escola Camilo Salgado, para tentar localizar o estudante apontado como autor do disparo.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de de Educação (Seduc) informou que os dois estudantes são alunos da mesma classe e da mesma série (2º ano). E confirmou que o baleamento ocorreu dentro da sala de aula. Não havia aula naquele momento. Segundo a direção do colégio, até ontem não havia sido registrado nenhum desentendimento entre os jovens.
Igson de Souza Luz foi levado até o PSM do Guamá pelo funcionário da escola Francisco Nazareno Costa, onde passa bem, já que o tiro foi de raspão. A escola informou ainda que Anderson Roberto já havia sido suspenso pela escola, mas que a mãe do aluno conseguiu o retorno dele após entendimento com a direção do estabelecimento de ensino.
O baleamento dentro do colégio ocorreu no mesmo dia em que a violência no ambiente escolar foi discutida no Hangar Centro de Convenções e Eventos, num encontro promovido pela Seduc com gestores, diretores, professores e estudantes de escolas públicas. 'O objetivo geral deste evento é contribuir para a ampliação da disseminação de uma cultura de paz, visando a redução do índice de violências em ambientes escolares', disse Sandra Valente, coordenadora do seminário pela Ouvidoria da Seduc.
Um comentário:
A Seduc ainda pensa que palestras inócuas impedem atos de violência no ambiente escolar. Enquanto se gasta dinheiro para reunir pequena parte da comunidade escolar no luxuoso Hangar, a maioria da comunidade se arrisca nas escolas e arredores convivendo com pessoas desequilibradas e violentas. Falta uma política clara e eficiente de combate a esses problemas e não apenas a escola, a Seduc e a comunidade podem resolvê-los. É necessário, em alguns casos, a ação dos falidos conselhos tutelares (alô, prefeitura de Belém), da Segup, do Ministério Público e de outros órgãos que podem e devem zelar pela segurança da comunidade escolar.
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