O deputado Domingos Juvenil (na foto ao lado), presidente da Assembléia Legislativa e aspirante à reeleição, tem tudo para guardar na memória o dia 26 de novembro de 2008, uma quarta-feira – eureka, é hoje mesmo -, como um dos mais gloriosos, triunfantes e inesquecíveis de sua longa carreira política.
Se o script for mantido conforme foi escrito e estava sendo cumprido direitinho, passo a passo até ontem à noite, se isso acontecer, portanto, a manhã de hoje, do deputado Domingos Juvenil, será mais ou menos a seguinte.
Quando ele chegar à AL, para mais um dia de trabalho, encontrará faixas de servidores manifestando apoio à candidatura do chefe para emplacar mais um mandato de presidente da Assembléia.
Aí, o deputado, a essa altura com o coração encharcado de fortes emoções, descerá até o plenário, para presidir mais uma sessão ordinária da Assembléia.
No plenário, encontrará as galerias lotadas – ou quase.
Lotadas – ou quase – por quem?
Por servidores da Casa, devidamente estimulados pela gloriosa Associação dos Servidores da Assembléia Legislativa do Estado, a Asalp.
Em dado momento da sessão – e para cumprir o script escrito há alguns dias e que vinha sendo cumprido até ontem à noite -, Juvenil atentará para aquela platéia de servidores e, como quem não sabe de nada, será informado de que uma comissão – de servidores, não se esqueça – pretende entregar-lhe um documento.
Abaixo-assinado manifesta apoio
Que documento? Qual seu teor?
O documento é um singelo abaixo-assinado, que estava sendo acrescido de adesões ainda ontem à noite.
Abaixo-assinado que tem como signatários dezenas de servidores da Assembléia, todos eles suplicantes.
Suplicam para que Juvenil fique.
Suplicam para que Juvenil fique presidente, continue presidente, se reeleja presidente.
Daqui para a frente, o poster não conseguiu mais saber o que prevê o script.
Mas um abelhudo ofereceu duas alternativas:
1. O presidente, contido mas nem tanto, pega o abaixo-assinado, lê atentamente e deixar escorrer, discretamente, um pinguinho – apenas um – de lágrima. Sabe aquela lágrima de pura emoção, aquela lágrima furtiva, quase imperceptível, que rola sem ninguém esperar? Pois é. É essa que deve rolar.
2. O presidente, com sobriedade, mas sem esconder a emoção, agradece rapidamente aos servidores e entrega o documento a um assessor, para dar o encaminhamento necessário – que no caso só será mesmo o arquivo, porque servidor não vota em eleição para presidente da Assembléia.
Resta esperar até mais tarde para saber o que vai dar.
O certo é que os servidores farão questão de não esconder dos demais deputados de que se fossem eles, parlamentares, não titubeariam em escolher Domingos Juvenil para um segundo mandato de presidente da AL.
Por quê?
Entre outras razões, porque foram tratados a pão-de-ló pelo atual presidente.
Foi na gestão de Juvenil que os servidores tiveram, por exemplo, aumento de salários e do tíquete-alimentação, além de outros mimos que fizeram, e fazem bem, à alma e ao bolso – mais a este do que àquela, para ser mais exato.
E na gestão do deputado Martinho Carmona, que também está de olho para voltar à presidência da Assembléia?
Na gestão de Carmona, os servidores ficaram a seco.
Ficaram a seco na alma e ao bolso – mais neste do que naquela, para ser mais exato.
É assim.
Aguardemos o script.
Luz, câmera....
Nenhum comentário:
Postar um comentário