Está tudo como dantes nos quartéis...
Aliás, está tudo como dantes no ninho tucanos [nem rimou, mas rima não é solução].
Como dantes, o senador Mário Couto continua candidato ao governo do Estado, com o apoio decidido, definido, proclamado e escancarado do ex-governador Almir Gabriel.
Como dantes, o ex-governador Simão Jatene continua candidato ao governo do Estado, apostando no seu cacife de ter dirigido o Estado nos quatro anos que precederam o atual governo Ana Júlia Carepa.
Ontem, os dois se encontraram em Brasília.
Conversaram durante cerca de duas horas e meia.
Jatene insistiu para Mário Couto abrir mão da candidatura, questionando as razões que assistem ao senador para aspirar a uma candidatura ao governo do Estado.
Couto respondeu que acredita no seu potencial político e avaliou que detém densidade eleitoral.
Jatene alegou que não poderia desistir de ser candidato porque já havia, em oportunidade anterior, renunciado a seu natural direito de ser candidato à reeleição, abrindo mão em favor da candidatura de Almir, que viria a ser derrotado por Ana Júlia, em 2006.
Duas propostas recusadas
No encontro, Mário chegou a formular duas propostas a Jatene.
Primeiro, que os dois continuassem lutando para ser o candidato, mas apenas nos bastidores - ou seja, sem que um e outro começassem a usar a Imprensa para se projetar e coisas parecidas -, até que fosse definido qual deles, afinal, seria o candidato do partido.
Jatene não concordou.
Segunda proposta: que os dois encarassem as prévias no partido, sugestão que já havia sido feita anteriormente por Mário Couto.
Mais uma vez, Jatene não topou.
Resultado: ao final da reunião, que provavelmente foi a última, não houve qualquer acordo.
O senador, que até então estava na defensiva, agora passou para a ofensiva e assegurou a Jatene que vai levar sua candidatura até as últimas consequências.
Se tal ocorrer, não se descarta a hipótese de que a Executiva Nacional do PSDB intervenha na parada, a exemplo do que já fez nas desavenças entre os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), que pleiteiam disputar a presidência da República em 2010.
14 comentários:
Esse 1.456 tem inteligência política na veia e sorte
Os presidentes nacionais dos dois partidos, PSDB e DEM, trataram longamente sobre as eleições do Pará.
Um, queria saber a opinião do outro qual o melhor caminho para consolidar uma aliança para fortalecer a candidatura a presidência da república no estado.
O outro, ficou de conversar com as lideranças do seu partido no Pará.
A próxima conversa ficou de acontecer em breve, já com a presença dos presidentes do DEM e do PSDB no estado.
Mas o que tudo indica, por sugestão do presidente estadual de um dos partidos, essa reunião só deverá acontecer em outubro, já com o novo presidente estadual do outro partido.
O xis da questão é saber se há algum veto a nomes para se construir essa aliança para 2010.
Bom dia, caríssimo Paulo:
Cá com minhas saias, eis que não tenho botões, entendo que o direito a ser candidato, compete a qualquer eleitor filiado que cumpra a legislação eleitoral e o regimento partidário. Até aí, morreu Neves (não o Aécio...rsrsrs...) e não vejo razões para o senador ir às "últimas consequências". Basta ir à Convenção.
O senador poderia serenar seu ânimo e prestar-nos um grande favor: cumprir seu mandato - ainda que não fosse por motivos mais nobres - para evitar o desastre que seria seu suplente assumir a vaga. Quatro anos com o senhor que foi "do côco ao Senado", conforme sua recente obra literária, é insuportável para este povo e para este estado.
O senador precisa também explicar melhor o que ele concebe como projeto de estado. E tentar fazer-nos compreender como e porque a região que ele representa há duas décadas - o Marajó - é campeã de indicadores sociais iníquos.
Apóio a candidatura a candidato de Simão Jatene. E , ainda que tenha restrições à forma como o senador conduz sua pretensão, a disputa é revigorante para o Partido.
Quanto ao Dr. Almir, ele não precisa da licença de ninguém para manifestar-se, opinar ou apoiar quem quer que seja - e seria até mais elegante que o senador não o usasse como escudo - quallificado que está pela sua história no Partido e no Pará. A ressalva, neste caso, é que, em que pese o respeito que ele nos merece, seu desejo não é ordem.
Um abraço. Saudoso.
já postei um comentário a mais ou menos uns 2 dias atrás e volto aqui para reafirmar e enfatizar ainda mais o que foi dito:
estou vendo cenas de vale a pena ver de novo!
não, não se engane, não é novela da globo pintando na sua televisão meu caro leitor, é sim mais uma novela do PSDB paraense sem prazo para findar, aliás, tem sim prazo para acabar, com a reeleição da nossa querida governadora deste estado ana júlia carepa. iai meus amigos não quero choro nem vela, quero apenas uma fita amarela bordada com os nomes de simao jatene e mario couto para as eleições de 2014, que é quando eu acho que os "INTELECTUAIS" deste partido vão chegar a algum consenso!!
fico por aqui, esperando pelo próximo capítulo...
abs e tenham todos um belíssimo dia!
Prezada Bia
Permita-me uma réplica as suas observações até porque estou acompanhando tudo muito de perto. As bases políticas do PSDB, no interior paraenses, preferem Mário Couto. Isso é fato! O senador jamais pleitearia disputar o Governo do Estado se não tivesse elementos que indicam que é ele quem apresenta as maiores chances, dentro do partido, para enfrentar o desgoverno de Ana Júlia. E deputados federais e estaduais sabem disso perfeitamente, eu posso assegurar a você, porque a eles já foi apresentada, por quem entende profundamente do assunto, uma análise do perfil político no Pará e no país.
Se Mário Couto reúne reais condições de colocar o PSDB novamente no comando do Estado, de fortalecer o partido, por qual razão ele iria ignorar isso? Apenas para satisfazer o ego do Simão Jatene e do seu grupo, que fingem desconhecer o potencial político do senador por conta de um certo preconceito contra ele? Esse grupo sequer respeita o número de votos de Mário Couto. Número maior que o destinado a Ana Júlia, você lembra? Isso porque eles continuam subestimando a capacidade do senador, que é tremendamente popular, que fala diretamente para as pessoas mais simples – o chamado povão -, dizendo exatamente aquilo que o “joão”, a “maria” gostariam de dizer.
Sobre o Marajó, Bia, Mário Couto não é executor, mas legislador. Acho que não preciso explicar a diferença entre um e outro. Mas se você tem dúvidas sobre o que Couto fez e faz pela região, sugiro a você que percorra a região por uma semana e converse com a população local. Depois disso, você terá a resposta que precisa. Aí, me diga, ou melhor, poste um comentário aqui no Espaço Aberto.
Você diz que tem restrições à forma como Couto conduz suas pretensões ao Governo. Que forma é essa que você repreende? Quem se recusa a disputar prévias no PSDB é o Jatene. Quem tenta empurrar sua candidatura goela a abaixo é o Simão Jatene. Quem quebrou os acordos durante as negociações sobre a candidatura foi o Simão Jatene. Quem deseja jogar o Almir Gabriel para o limbo é o Simão Jatene. Você poderia perguntar: jogar para o limbo? Ah, essa é uma longa história.
Eu entendo seu posicionamento, Bia, porque como a grande maioria você não sabe dos bastidores. Mas daí a dizer que Mário Couto está usando Almir Gabriel como muleta é jogar para a platéia. Mário Couto e Simão Jatene são filhos políticos de Almir Gabriel. A grande diferença entre os dois é que Mário Couto sempre se manteve leal e fiel a Almir. Almir pode confirmar isso nas eleições de 2006, e partiu dele, do Almir, a iniciativa de anunciar o seu apoio a Mário Couto.
Saiba que Almir não impôs nenhuma ordem, mas ninguém pode também querer retirar dele o direito de lutar, com as armas que tem, por aquilo em que acredita e em quem acredita. Aí, já é um pouco demais!
Meus respeitos a você, Bia
Antes de pensar em qualquer coisa o senador Mário Couto poderia, em respeito aos 1.456.587 eleitores que votaram nele para o senado em 2006, deixar seus interesses pessoais e vaidades de lado e dar sua parcela de contribuição para que nós paraenses tenhamos ao menos o direito de sonhar com um novo governo, diferente do que está aí e certamente bem mais decente, como merecemos, cumprindo seu mandato no senado até 2014.
Por favor, senador, desde 2007 que pensamos em Simão Jatene como nosso futuro governador. Essa expectativa foi trabalhada ao longo desses últimos 3 anos incansavelmente e agora, do nada, o senhor chega e quer impor sua candidatura simplesmente porque acredita no seu potencial político e avaliou que detém densidade eleitoral?
Lamentavelmente essa sua atitude fisiológica só mostra o tamanho de sua vaidade e egoísmo em detrimento dos interesses do estado do Pará e dos paraenses.
Se eu fosse o ex-governador Simão Jatene não desestiria de jeito nenhum em ser candidato ao governo do Pará. Basta andar na rua, perguntar pras pessoas, que a resposta vem em cima do lance: o nome JATENE é o preferido.
Agora, se o também ex Almir Gabriel não aceita de jeito nenhum como estão dizendo, mesmo contrariando quase a totalidade das lideranças do partido e , principalmente, a população desse Estado; quem sabe a saída nãop seja Simnão Jatene concorrer por um outro partido?
Acredito quie ofertas não faltarão.
Quem deve estar rindo para as paredes é o deputado Vic Pires Franco que não quer ver o Jatene nem pintado de amarelo.
Vic e Almir estão afinadíssimos e só tem um objetivo, que é impedir a candidatura de Jatene.
Cada vez mais mim convenço na reeleição de Ana Julia. Mario Couto e Jatene se os dois resolverem fazer uma chapa pura mesmo asim ainda da Ana Julia mai vamos espera pra ver quem vai apanha nas urnas.
O senador Flexa Ribeiro estava inconsolável ontem em Brasília.
Não sabia se chorava no ombro do jatene, ou se dava o seu ombro para o Jatene chorar.
kkkkkkkkkk... O Màrio Couto? Tremendamente popular?
Ele fala diretamente para as pessoas mais simples?
E reúne reais condições de colocar o PSDB novamente no comando do Estado?
E vc também acredita em papai noel né?
Fala sério anônimo, essa sua histórinha tá a cara do marqueting do governo Ana Júlia: me engana que eu gosto!
PS: quanto a percorrer a região do Marajó e conversar com o povo de lá, fique despreocupado porque eu sou de lá e posso lhe garantir que o seu querido Mário Couto é um estelionato eleitoral igual ou pior que a atual governadora.
Meus respeitos a vc anônimo 13:26
Não é verdade anônimo das 16:05
Não, mesmo.
Essa disputa interna do PSDB não me diz respeito.
O meu partido é o DEM.
Quanto a essa afinação, que você fala, minha com o ex governador Almir Gabriel, só se for por telepatia.
Não falo com ele desde setembro do ano passado. Nem por telefone.
E mais. Nem sempre o que o ex governador quer é o que o DEM quer.
As brigas de Almir são de Almir, não minhas.
Entendeu ?
VPF
Parabéns, deputado Vic Pires Franco.
Bom dia, caro Paulo:
Bom dia, prezado anônimo do dia 21, às 13:26:
Os últimos dias em São Paulo foram inteiramente dedicados a cutir um pouco mais irmãos, sobrinhos e amigos. Daí, abandonei o micro. Por isso somente hoje leio seus reparos aos meus comentários.
Não consigo mudar de opinião sobre o senador e ainda que não esteja indo ao Marajó há três anos, conheço muito alguns municípios - importantes naquela região – onde o trabalho do senador não se faz ver. E ainda que o senador não seja “executivo”, sua influência como legislador foi bem grande nos dois últimos governos do PSDB.
Quanto à forma como o senador entra na disputa pela candidatura, você bem sabe que, ele está percorrendo “o chão” desde meados do ano passado. E, ainda que eu desgoste, ele joga o jogo como lhe convém. Falar em prévias agora é apostar na ingenuidade que eu não tenho e desconsiderar que existe uma instância partidária que legalmente determina quem será o candidato, que é a Convenção. Pra você não imaginar que sou contra as prévias por circunstâncias, esclareço que sou contra dezenas de democratismos: eleições para diretores de escola e voto de alunos e funcionários para escolha de reitores.
Acho que você e eu conhecemos bases políticas diferentes no interior. As que conheço não consideram a candidatura do senador capaz de unificar o partido para chegar à disputa de 2010 revigorado e fortalecido. Mas até aí, por enquanto, é uma questão de crença ou fé, minha e sua...rsrsrs....
Quanto ao Dr. Almir, sou enfática em desconstruir qualquer hipótese de que não acatar a sua indicação para candidato a Governador seja um desrespeito à importância e à grandeza do papel dele na história do Pará. Eu lamento que desta vez possamos estar em trincheiras separadas. Ele sabe disto.
Gostei de conversar com você.
Um abraço.
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