quinta-feira, 21 de maio de 2009

Assembleia Legislativa homenageia Dalcídio Jurandir

O escritor paraense Dalcídio Jurandir será homenageado nesta quinta-feira, a partir das 9h30, pela Assembleia Legislativa do Pará, durante sessão especial proposta pelo deputado estadual, Arnaldo Jordy, líder do PPS. O evento ocorre no auditório João Batista.
Se vivo estivesse, Dalcídio teria completado 100 anos no dia 10 de janeiro passado. Alvo de inúmeras homenagens no âmbito de instituições acadêmicas, culturais e até mesmo carnavalescas da terra, agora será a vez da classe política render saudações à memória daquele que é considerado um dos maiores autores amazônidas.
Em requerimento apresentado à Assembléia Legislativa, o deputado Arnaldo Jordy propôs e a Casa aprovou a realização de uma Sessão Especial em homenagem ao centenário de nascimento de Dalcídio, relembrando sua vida e obra, com a presença de seus filhos José Roberto e Margarida Pereira, além de outros convidados.
“Dalcídio Jurandir compõe com Benedicto Monteiro, Eneida de Moraes, Inglês de Souza, Lindanor Celina e Mário Faustino, entre outros, a plêiade de autores paraenses reconhecidos como escritores amazônidas”, defende Jordy, justificando a realização da Sessão. A trajetória de militante político também é destacada pelo parlamentar como um traço importante na história do romancista marajoara.
Nascido em 1909, em Ponta de Pedras, filho de Alfredo Pereira e Margarida Ramos, Dalcídio Jurandir passou sua infância na então Vila de Cachoeira, também na ilha de Marajó. Terminado o curso primário, veio para Belém, de onde, em 1928, vai para o Rio de Janeiro. Na volta ao Pará, escreve a primeira versão de “Chove nos Campos de Cachoeira”.
Militante comunista, Dalcídio participou ativamente do movimento da Aliança Nacional Libertadora, tendo sido preso em 1935, quando ficou dois meses no cárcere. Premiado com um dos mais importantes prêmios literários brasileiros da época, em 1940, - o Prêmio Dom Casmurro de Literatura - pelo romance “Chove nos Campos de Cachoeira”, recebeu do filósofo e também crítico literário Benedito Nunes o reconhecimento por ter sido “o introdutor da paisagem urbana da Amazônia na literatura brasileira”.
Em 1960, com a publicação de “Belém do Grão Pará”, Dalcídio recebe o Prêmio Paula Brito, da Biblioteca do Estado da Guanabara, e o Prêmio Luiz Cláudio de Souza, criado pelo Pen Club do Brasil.

Fonte: Assessoria Parlamentar

3 comentários:

Anônimo disse...

Pelo novo acordo ortográfico, Assembleia perdeu o acento.

Poster disse...

Grato, Anônimo.
Está corrigdo.
É a falta de costume com as novas regras (rsss).
Abs.

Anônimo disse...

Caro anônimo, estão valendo as duas grafias.