O demissionário diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito, Lívio Assis (na foto, pinçada do site do Detran), confirmou ao blog, por telefone, que durante boa parte de sua gestão permaneceu pessoalmente rompido com dois diretores da autarquia, Alberto Campos Ribeiro e Joércio Barbalho, o primeiro diretor Administrativo Financeiro, o segundo diretor de Unidades Regionalizadas e irmão do presidente regional do PMDB, deputado Jader Barbalho, principal fiador da indicação do próprio Lívio para dirigir o órgão.
Segundo informação publicada na coluna “Repórter Diário”, do Diário do Pará, o jornal de Jader, Alberto Campos Ribeiro foi indicado pelo PMDB para ser o sucessor de Lívio no Detran. Mas o blog já apurou que a nomeação está pendente e pode nem ser homologada pela governadora Ana Júlia, porque já se confirmou que o indicado é remanescente da administração tucana. No governo Simão Jatene, ele também ocupou cargo de direção no Detran, depois de ter sido descartado do secretariado do então prefeito Antônio Armando (PSDB), de Marituba.
Lívio Assis explicou ao repórter que realmente esvaziou a Diretoria Administrativa Financeira e avocou para si mesmo a responsabilidade de desincumbir-se de todas as tarefas legalmente atribuídas a Alberto Campos Ribeiro.
- Por que houve o rompimento? – perguntou o repórter a Lívio.
- Porque ele (Ribeiro) não tinha o que fazer lá.
- E por que o senhor decidiu esvaziar a competência do diretor Financeiro?
- Por questões internas – disse Lívio, sucintamente.
- E com o Joércio?
- As mesmas razões – afirmou o diretor-geral.
Lívio disse que preferiu adotar essa alternativa a ter que usar a sua autoridade de diretor-geral para pedir o afastamento de Alberto Campos Ribeiro da Diretoria Administrativa Financeira.
Ele ressaltou que a nota publicada ontem, em página nobre do primeiro caderno de O LIBERAL e do Diário do Pará, informado que contratos, convênios e processos licitatórios estão à disposição na Coordenadoria de Gestão Orçamentária e Financeira, vinculada à Diretoria Administrativa Financeira do Detran, foi procedimento que entendeu necessário para salvaguardar suas responsabilidades e mostrar a transparência de seus atos.
“Eu peguei o Detran com um débito de R$ 17 milhões e o estou entregando com R$ 7 milhões em caixa. Estruturamos o órgão, inclusive em termos de equipamentos. Ganhamos até prêmios. Estou remetendo a todos os deputados documentos com um balanço da minha gestão, para que cada um possa confirmar tudo o que foi feito”, acrescentou Lívio Assis.
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