No AMAZÔNIA:
Uma mulher foi assassinada com dois tiros no rosto durante a noite de domingo, às margens do canal São Joaquim, no bairro da Sacramenta.
A vendedora autônoma Eridam Rodrigues Peres, de 52 anos, estava sentada à frente de sua casa quando duas pessoas chegaram de bicicleta atirando na direção dela. Ainda sem pistas dos homicidas, a Polícia Militar suspeita de execução.
Como a rua São Joaquim estava sem movimento na hora do crime, poucos o testemunharam. E, destes poucos, ninguém quis dizer o que viu, por medo de represálias.
Um dos nove irmãos da vítima, Arnaldo Bezerra da Silva, que não presenciou o crime, disse que não tinha idéia do motivo do homicídio.
Segundo ele, Eridam era uma pessoa bem-humorada, que vivia de bem com todos e gostava de fazer brincadeiras com os vizinhos.
'Mas também eu sei que essas coisas não são suficientes, porque aqui basta que um olhe feio para o outro para ter confusão, briga e morte', conta. 'Há muito assalto por aqui e os bandidos costumam eliminar todo mundo que seja ‘cagueta’ (alcagüete)', disse, sem saber se este foi realmente o caso da sua irmã.
Dificilmente foi latrocínio pois, segundo Arnaldo, Eridam tinha poucas posses. Sem marido ou filhos, a vítima vivia sozinha em uma pequena casa de madeira alugada na mesma via, entre as passagens São José e São Benedito.
Para se sustentar, ela vendia lanches no mesmo local. Com exceção do irmão mais novo da vítima, todos os outros moram no mesmo perímetro.
Para o cabo Oliveira, com base nos primeiros indícios, provavelmente se trata de execução. Um dos motivos especulados - e o que mais comumente resulta em um homicídio desse tipo - é que a vítima tivesse alguma dívida e que foi assassinada por demorar a pagar.
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