terça-feira, 24 de junho de 2008

Funcionários do PSM param e pacientes penam

No AMAZÔNIA:

A aposentada Maria Helena Sebelena Costa, de 65 anos, precisa ser transferida, com urgência, do Hospital do Pronto-Socorro Municipal (HPSM) da 14 de Março, no Umarizal. Desde ontem a família da paciente espera pela sua transferência, só que, até a noite de ontem, isso ainda não tinha acontecido, porque os funcionários da central de cadastramento de leitos fizeram uma paralisação das 16 às 20 horas, motivados pelas péssimas condições de trabalho a que estão submetidos na unidade. 'Eles me disseram que estavam paralisando porque há algum tempo só comem arroz e soja’’, contou a filha da aposentada, a funcionária municipal, Edilena Sebelena da Costa. ‘’Eles têm todo o direito de paralisar e exigir seus direitos, só que o estado de saúde da minha mãe é gravíssimo e se nada for feito, ela pode morrer’’, disse.
Internada desde o último domingo, 22, com enfisema pulmonar (doença crônica na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos), a aposentada está em coma desde as 9 horas do mesmo dia. Ela espera ser transferida para um outro hospital para ter atendimento médico adequado, já que, segundo a filha da aposentada, não é possível na unidade em que está.
Segundo uma técnica de enfremagem do HPSM, que preferiu não se identificar, falta de tudo no Pronto-Socorro, até medicamentos básicos como soro fisiológico e materiais descartáveis, como seringas e luvas. ‘’Trabalhamos aqui em péssimas condições. Isso já está uma situação insustentável', denunciou. Ainda segundo ela, é muito comum os funcionários receberem os vales-transportes atrasados.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou por meio de sua assessoria de imprensa que o que aconteceu foi que ontem, o almoço dos funcionários da unidade seria servido com atraso e que os mesmos teriam sido avisados. Porém um dos funcionários que trabalha na central de cadastramento de leitos recebeu a notícia de que o almoço não seria servido e que por isso iria embora, deixando a central com apenas um funcionário’’, diz a nota.

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