sexta-feira, 27 de junho de 2008

Presidente do PT diz que aliança em Santarém está fechada

A disputa pela Prefeitura de Santarém na eleição de outubro próximo deverá mesmo ter dois contendores – ou dois grandes contendores: a atual prefeita Maria do Carmo Martins Lima (PT), que tentará a reeleição, e o deputado federal Joaquim de Lira Maia (DEM), que já governou o município.
O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), João Batista da Silva, assegurou ao blog no final da noite de ontem (26), por telefone, que está sacramentada a aliança entre o PT e o PMDB em Santarém. Falta apenas a homologação pelas respectivas convenções partidárias que se realizarão até a próxima segunda-feira. O acordo foi selado após encontros – o último deles no início desta semana - entre o dirigente petista e o deputado federal Jader Barbalho, presidente regional do PMDB.
“De nossa parte, não existe qualquer obstáculo para o entendimento com o PMDB. E posso assegurar que a aliança entre o PMDB e o PT, para ajudar na reeleição da prefeita Maria do Carmo em Santarém, está fechada”, disse o presidente estadual petista.
Ainda não foi definido o nome do vice na chapa de Maria do Carmo. Essa questão específica será solucionada neste dias que restam até a convenção dos partidos em Santarém. A do PMDB está marcada para este domingo, no plenário da Câmara Municipal.
Uma fonte segura confirmou ao blog que as negociações entre PT e PMDB envolveram não apenas a garantia de que um vice peemedebista será o candidato a vice na chapa de Maria do Carmo, mas o oferecimento, pelos petistas, de três secretarias – duas das quais são as de Transportes e Saúde – que seriam entregues ao PMDB, caso a prefeita se reeleja.
Mas o presidente estadual João Batista da Silva não confirmou essa informação. “O preenchimento de cargos não entrou nas nossas negociações com o PMDB em Belém. Isso ficará a critério da prefeita Maria do Carmo. O que posso assegurar é que a aliança está fechada”, reafirmou o dirigente petista.

Falta um candidato
Até o encontro entre a prefeita de Santarém e o deputado Jader Barbalho, havia um grande obstáculo para que a aliança fosse fechada em Santarém: a recusa do PT, em Belém, garantir apoio à candidatura do ex-deputado José Priante a prefeito da Capital.
Esse obstáculo continua. E permanecerá irremovível porque, conforme já ressaltou o blog várias vezes, é definitiva e irreversível a decisão do PT de lançar em Belém a candidatura do ex-deputado e ex-secretário de Educação Mário Cardoso à sucessão do prefeito Duciomar Costa. De seu lado, Priante também não abre mão de ser candidato por seu partido.
Muito embora tal obstáculo perdure, a cúpula peemedebista passou a avaliar uma questão concreta: no caso de o PMDB sair com candidato próprio em Santarém, quem seria o candidato? E o candidato, uma vez escolhido, teria densidade eleitoral para ser uma alternativa concreta ou entraria no jogo apenas para fazer figuração, apenas para fazer de conta? Que forças o PMDB poderia aglutinar para vencer outras duas candidaturas fortes como as de Maria do Carmo e Lira Maia?
Essas ponderações chegaram a ser feitas concretamente pelo deputado Jader Barbalho em contato com alguns peemedebistas santarenos. O presidente do PMDB não fez imposições, mas ponderações sobre vários cenários que precisariam ser considerados pelo PMDB de Santarém na hora de se decidir.
Em meio a essas avaliações internas, o presidente do PMDB em Santarém, deputado Antônio Rocha, intensificou sua posição favorável à aliança, até porque sua avaliação sempre foi a de que o PMDB terá mais vantagens se aliar-se ao PT do que se entrar sozinho na disputa eleitoral.
E assim será: PT e PMDB juntos em Santarém.

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