domingo, 29 de junho de 2008

Domingo, o dia do campeão

No AMAZÔNIA:

A queda-de-braço entre Remo e Águia de Marabá, às 16 horas, no Mangueirão, pela final do Campeonato Paraense 2008, confirma as suspeitas levantadas ainda no início da competição: a temporada seria favorável aos times do interior. E deu no que deu. Remo e Paysandu não tiveram regularidade suficiente para justificar o favoritismo e, por pouco, os 'gigantes' do futebol paraense não ficaram de fora da decisão.
O jogo só não é um 'duelo de gigantes' por questões financeiras, pois o Azulão chegou merecidamente ao posto de finalista. Pelo lado técnico, as equipes se equivalem. O Águia marcou mais vezes ao longo da competição. Em contrapartida, o Remo tem a defesa menos vazada. De três confrontos, o Azulão venceu um, o Leão outro, e os dois times empataram na primeira final.
A diferença entre Remo e Águia está nos bolsos. Enquanto os azulinos bancam um plantel e uma estrutura mensal de pelo menos R$ 230 mil, a folha de pagamento dos marabaenses não ultrapassa R$ 80 mil. A vantagem é que, no Azulão, os salários estão em dia. Já no Leão, a greve branca deflagrada na semana passada fala por si.
No final das contas, os gritos da torcida remista mostram de que lado está o favoritismo. Mas, em resposta, o time de Marabá faz questão de lembrar que futebol é decidido em campo. Fato é que, no gramado do Mangueirão, Remo e Águia devem lutar de igual para igual. Enquanto um tem o goleiro Adriano, o outro tem o artilheiro Marclésio. Se um tem Ratinho, o outro tem Ciro. E por aí vai...
Entre os técnicos, Vitor Jaime tem a vantagem de estar no grupo desde a pré-temporada. Por outro lado, Artur Oliveira tirou a equipe azulina da lama. Os dois treinadores, na verdade, acompanharam as equipes dos êxitos brilhantes às derrotas vergonhosas. Os estilos de comando até que são parecidos. Tanto Artur quanto Vitor usam a antiga carreira de jogadores para se aproximar do plantel.
As duas equipes esperavam decidir a final do Parazão no primeiro jogo. Não deu. Os dois times desperdiçaram várias chances de entrar em campo, neste domingo, com vantagem. Agora, vence quem suportar a pressão. Não é um Re x Pa, mas, provavelmente, será um jogo em que os erros decidirão o placar mais do que os acertos. O que vale mais: a força do interior ou o peso de um 'gigante'?

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