Em O ESTADO DE S.PAULO:
O quadro da disputa pelas prefeituras das 26 capitais não deixa dúvida de que o PT atuou em duas frentes, de olho em 2010. Além de usar a montagem dos palanques municipais para manter sua hegemonia na base governista, o partido operou para enfraquecer seus dois principais adversários na sucessão presidencial: os governadores tucanos de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves.
Foi o que deixou claro a cúpula do PT, incluindo aí o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando decidiu lançar candidato próprio em 20 capitais, a despeito da pressão dos aliados para compor onde a opção petista não era a favorita na disputa. Quem acompanhou de perto a movimentação do presidente no processo eleitoral sabe que, na prática, ele só interferiu em uma capital - São Paulo - empenhando-se para fortalecer a candidata de seu partido, Marta Suplicy. E não foi por acaso.
Lula sabe que o sucesso de Marta na capital paulista pode render uma vitória tripla ao partido. Além de enfraquecer a pré-candidatura presidencial de Serra, impõe uma derrota aos dois principais partidos de oposição: o PSDB, que disputará a prefeitura com Geraldo Alckmin, e o DEM, que trabalha para reeleger o prefeito Gilberto Kassab.
"Nossa vitória em São Paulo consolidará a vitória do PSDB no País", prevê o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE). "Se não vencer em São Paulo e no Rio, a oposição sairá das urnas menor do que entrou", adverte o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), queixoso do "comportamento inflexível do PT" com os aliados.
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