Na FOLHA DE S.PAULO:
O melhor ataque do campeonato, o artilheiro, o futebol mais envolvente, o primeiro sul-americano campeão europeu. Com tantos feitos a seu favor, a Espanha pôs fim à sina de eterna promessa, derrubou a campeoníssima Alemanha e levantou, pela segunda vez na história, a taça da Eurocopa.
Um gol do atacante Fernando Torres, aos 33min de jogo, decretou o placar no estádio Ernst Happel, em Viena.
"É uma vitória não só da Espanha mas do futebol", disse, após o jogo, o herói espanhol.
A única conquista de peso da seleção espanhola principal havia sido em 1964, quando bateu a União Soviética para erguer o troféu do torneio europeu.
Nem a fama de papa-títulos -três mundiais (1954, 1974, 1990) e três continentais (1972, 1980, 1996)- foi suficiente para os alemães, dominados durante a maior parte da decisão, estragarem os planos do rival.
Ontem, a Espanha passou por cima da tradição e escreveu sua própria história. Invicta na competição, a Fúria, como é conhecido o time espanhol, encerrou sua campanha com cinco vitórias e um empate.
O time dirigido por Luis Aragonés fez, também, o primeiro atleta sul-americano campeão europeu: o brasileiro Marcos Senna, naturalizado em 2006.
O tento de Fernando Torres, o 12º da Espanha no campeonato, coroou o futebol ofensivo apresentado durante toda a Eurocopa-08 e deixou o time com o melhor ataque da disputa. A Alemanha marcou dez vezes.
A Fúria teve, ainda, o artilheiro da competição. Com uma lesão muscular, o atacante David Villa, quatro tentos marcados, viu do banco de reservas sua marca permanecer intacta. O alemão Podolski, com três gols, era quem tinha mais chances de igualar ou superar o feito do jogador do Valencia.
"Demonstramos que somos muito bons jogadores. O futebol espanhol merece", afirmou o goleiro e capitão espanhol, Casillas, atleta do Real Madrid.
A Europa tem novo dono.
Nenhum comentário:
Postar um comentário