sábado, 28 de junho de 2008

Motim abre portas para fuga no antigo Erec


No AMAZÔNIA:

Adolescentes infratores se amotinaram na noite de ontem no Espaço Crescer e Viver, local de acolhimento que substituiu o antigo Erec, no bairro do Marco. Um interno conseguiu fugir e um monitor teria sido agredido, conforme informações da polícia. A fuga, a exemplo das cerca de dez ocorridas desde a inauguração, em abril deste ano, teve como rota o telhado da Escola Estadual Paulino de Brito. Vizinhos do prédio realizavam uma festa junina e alegaram ter visto quando um adolescente fugia pelo telhado na unidade.
Foi a terceira fuga registrada este mês, de um total de pelo menos dez ocorrências semelhantes em pouco mais de dois meses de funcionamento. Homens da Ronda Tática-Ostensiva Metropolitana (Rotam), Companhia Especial de Polícia Assistencial (Ciepas), e 10ª Zpol, estiveram no local para vistoriar a Escola Paulino de Brito e realizar revista na unidade.
De acordo com informações do tenente Alberto, oficial interativo da 10ª Zpol, a fuga ocorreu por volta das 22 horas de ontem. A coordenação da unidade informou à polícia que apenas um adolescente havia fugido e até às 23 horas de ontem não havia a confirmação de recaptura.
Na saída da unidade, policiais que participaram da revista contaram que o motim ocorreu em apenas uma cela na qual estavam 15 internos. Os garotos teriam aproveitado um momento que estavam sendo recolhidos para a cela após uma atividade externa e agrediram um dos monitores. Um banco foi quebrado e a polícia teve que ser chamada para conter os adolescentes. A polícia não soube informa se foi nesse momento que o interno fugiu.
Na unidade, que é ligada a Fundação da Criança e do Adolescente do Pará (Funcap), ninguém quis falar com a imprensa.
Moradores da vizinhança estão revoltados e dizem que a alegação da Funcap de convivência pacífica não passa de promessas. 'Já perdi as contas que quantas fugam já ocorreram. Eu estava até estranhando, pois já tinha duas semanas que não ocorria nenhuma fuga', disse um morador que não quis se identificar.

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