No AMAZÔNIA:
Doze recém-nascidos morreram no último final de semana na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, a maioria estava na UTI e outros no berçário. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Médicos do Pará (Sindimepa) a partir de relatos de profissionais que trabalham no hospital e temem ser responsabilizados pelas mortes, cuja causa provável foi infecção hospitalar.
Segundo os funcionários da instituição, são comuns situações de risco para os bebês internados, como superlotação e falta de equipamentos. Em alguns casos, até respiradores são divididos entre os bebês. O Ministério Público Estadual (MPE), que já move ação civil pública por conta da precariedade na Santa Casa, vai exigir informações detalhadas dos prontuários e pode pedir a abertura de inquérito policial. Ontem à tarde a Santa Casa confirmou as 13 mortes, após uma reunião de urgência convocada pela secretária de Estado de Saúde, Laura Rossetti.
Antes da reunião, uma nota da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) informava que a direção da Fundação Santa Casa de Misericórdia confirmava a morte dos 13 bebês internados na UTI Neonatal do hospital, de sexta-feira, 20, a domingo, 22, mas que 'o número de óbitos está de acordo com a taxa aceita pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 50% do total de leitos da unidade'.
Ainda segundo a nota do Governo do Estado, essa taxa de mortalidade 'é parâmetro internacional esperado, devido à gravidade da saúde dos pacientes atendidos pelo serviço'. A informação, no entanto, é contestada pelo Sindimepa, que considerou o número de óbitos 'altíssimo' para um único final de semana, segundo o diretor João Gouveia, para quem as mortes dos bebês foram anunciadas. 'Denunciamos a precária situação da Santa Casa ao Ministério Público, ao Governo, ao Legislativo, mas nada foi feito', disse Gouveia.
O padrão estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 6% até 12% de óbitos em UTIs e berçários, no caso de bebês com menos de 2,5 quilos. Algumas variáveis, no entanto, podem elevar esse percentual, mas não na proporção do que ocorreu na Santa Casa. Segundo uma médica neonatologista que trabalhou por dois anos na instituição, o perfil das mães e do bebês recebidos pode contribuir para aumentar a mortalidade. 'A Santa Casa recebe mães muito jovens, a maioria do interior do Estado e que nunca fizeram pré-natal. Isso agrava o quadro de mortalidade, mas 13 crianças em um único final de semana é um índice muito alto, que não pode e não deve ser considerado normal', avalia.
A nota do Governo do Estado informou que os bebês que faleceram eram 'prematuros extremos (alguns com menos de um quilo e seis meses de gestação) e com má formação. Dentre os pacientes que não resistiram, havia casos de bebês xifópagos (ligados pelo tórax) e de bebês com gastrosquise (vísceras expostas). Casos com raríssima possibilidade de sobrevivência. Também é natureza do hospital receber gestantes menores de idade e mulheres do interior sem acompanhamento pré-natal, o que complica as gestações', informou a nota.
Mais aqui.
Doze recém-nascidos morreram no último final de semana na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, a maioria estava na UTI e outros no berçário. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Médicos do Pará (Sindimepa) a partir de relatos de profissionais que trabalham no hospital e temem ser responsabilizados pelas mortes, cuja causa provável foi infecção hospitalar.
Segundo os funcionários da instituição, são comuns situações de risco para os bebês internados, como superlotação e falta de equipamentos. Em alguns casos, até respiradores são divididos entre os bebês. O Ministério Público Estadual (MPE), que já move ação civil pública por conta da precariedade na Santa Casa, vai exigir informações detalhadas dos prontuários e pode pedir a abertura de inquérito policial. Ontem à tarde a Santa Casa confirmou as 13 mortes, após uma reunião de urgência convocada pela secretária de Estado de Saúde, Laura Rossetti.
Antes da reunião, uma nota da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) informava que a direção da Fundação Santa Casa de Misericórdia confirmava a morte dos 13 bebês internados na UTI Neonatal do hospital, de sexta-feira, 20, a domingo, 22, mas que 'o número de óbitos está de acordo com a taxa aceita pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 50% do total de leitos da unidade'.
Ainda segundo a nota do Governo do Estado, essa taxa de mortalidade 'é parâmetro internacional esperado, devido à gravidade da saúde dos pacientes atendidos pelo serviço'. A informação, no entanto, é contestada pelo Sindimepa, que considerou o número de óbitos 'altíssimo' para um único final de semana, segundo o diretor João Gouveia, para quem as mortes dos bebês foram anunciadas. 'Denunciamos a precária situação da Santa Casa ao Ministério Público, ao Governo, ao Legislativo, mas nada foi feito', disse Gouveia.
O padrão estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 6% até 12% de óbitos em UTIs e berçários, no caso de bebês com menos de 2,5 quilos. Algumas variáveis, no entanto, podem elevar esse percentual, mas não na proporção do que ocorreu na Santa Casa. Segundo uma médica neonatologista que trabalhou por dois anos na instituição, o perfil das mães e do bebês recebidos pode contribuir para aumentar a mortalidade. 'A Santa Casa recebe mães muito jovens, a maioria do interior do Estado e que nunca fizeram pré-natal. Isso agrava o quadro de mortalidade, mas 13 crianças em um único final de semana é um índice muito alto, que não pode e não deve ser considerado normal', avalia.
A nota do Governo do Estado informou que os bebês que faleceram eram 'prematuros extremos (alguns com menos de um quilo e seis meses de gestação) e com má formação. Dentre os pacientes que não resistiram, havia casos de bebês xifópagos (ligados pelo tórax) e de bebês com gastrosquise (vísceras expostas). Casos com raríssima possibilidade de sobrevivência. Também é natureza do hospital receber gestantes menores de idade e mulheres do interior sem acompanhamento pré-natal, o que complica as gestações', informou a nota.
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