No AMAZÔNIA:
Com o elenco de férias forçadas, resta à diretoria do Remo trabalhar. A meta imediata é a contratação de um treinador. A dificuldade é encontrar alguém que aceite os termos do clube. A idéia dos azulinos é que haja um profissional para ser o auxiliar-técnico fixo do grupo. Até aí tudo normal, nada de diferente do que fazem muitos clubes brasileiros, mas os alvos até agora, que seriam em um total de quatro, tiveram apenas um nome vazado: Válter Lima. Vice-campeão paraense e prestes a comandar o São Raimundo na Série D do Campeonato Brasileiro, o treinador já deu a entender que gostaria de retornar ao Baenão, resta saber se aceitaria ser auxiliar quando outro fosse contratado.
'Não fui procurado por ninguém. Fiquei em Belém para resolver alguns assuntos pendentes. Mas fico satisfeito com essa especulação. Qualquer profissional gostaria de trabalhar no Remo, mas nem posso falar muita coisa porque não fui procurado', comentou Lima, que no final da tarde também se reuniu com dirigentes da Pantera.
A primeira e única passagem de Válter Lima pelo Baenão deu-se logo após o Parazão de 2005. Ele assumiu o time que jogaria a Série C daquele ano. Passou mais de dois meses treinando um elenco sem a menor estrutura, jogando em campos esburacados do interior e se hospedando em locais inadequados. A estreia foi no dia 31 de julho em Boa Vista (RR) e o time azulino empatou por 2 a 2 com o São Raimundo-RR, no estádio Flamarion Vasconcelos (Canarinho). Ao voltar a Belém soube que já haviam contratado outro em seu lugar, Roberval Davino, que levou o time ao título da competição.
De um tempo para cá o treinador passou a dar outra versão da história, de que não teria sido demitido e sim pedido demissão. Ele reconhece que talvez tenha tomado uma atitude apressada e exime qualquer dirigente da época da responsabilidade de sua saída. 'Se alguém cometeu alguma injustiça fui eu comigo mesmo. Eu pedi para sair depois de cinco meses de trabalho e muitas dificuldades. Faltou experiência para muitas pessoas naquela época', disse. 'Por isso resolvi pedir para sair e não posso apontar o dedo para ninguém acusando de injustiça. Todos que estavam no Remo procuraram o melhor para o Remo. Eu não tenho mágoa de ninguém', completou.
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