quinta-feira, 7 de maio de 2009

Suspeita de gripe suína está descartada

No AMAZÔNIA:

O paciente que estava isolado com caso suspeito de gripe A (H1N1) no Hospital João de Barros Barreto foi liberado ontem de manhã. Ele veio de Nova York, nos Estados Unidos, tem 24 anos e teve que se manter recluso durante 24 horas, por causa de uma outra doença que poderia torná-lo mais vulnerável ao vírus influenza. Agora a preocupação no Estado é com a chegada do inverno, que torna a proliferação da doença ainda mais rápida. Por esse motivo, é possível que, com a virada de estação no México - do verão para a primavera - a nova gripe fique mais forte nos países da América do Sul.
O paraense com suspeita da doença foi encaminhado para o Barros Barreto após ter se consultado com um médico particular, depois de apresentar sintomas como tosse e febre. Como o paraense teria que circular por Belém para a realização dos exames, foi decidido pelos médicos do hospital que seria mais seguro mantê-lo isolado. Principalmente porque o paciente em questão apresentava condição clínica pior do que a dos outros quatro que tiveram com suspeita da gripe A (H1N1) no Estado.
De acordo com Rita Medeiros, médica infectologista do Barros Barreto, a proliferação da doença no Pará ainda é imprevisível. No entanto, com a mudança de estações climáticas, a preocupação tem que ser redobrada. Pode ser que em um ano, como aconteceu com a gripe espanhola, 0,5% da população mundial morra por causa do vírus, o que corresponde a milhões de habitantes.
Por causa disso, a médica alerta que é importante se prevenir contra a gripe A, evitando aglomerados, lavando as mãos - medida muito mais eficaz que o uso de máscaras - e restringindo as viagens para locais com proliferação do vírus.
Plano - O plano para o combate da gripe A (H1N1) no Estado é o mesmo que o da gripe aviária, que se apresentou entre 2005 e 2006. O hospital Barros Barreto reservou um leito de isolamento e dois de enfermaria, na área de infectologia, para pacientes com suspeita da doença. Eles são avaliados no consultorio 04 do hospital, no térreo, onde é feita a coleta do material genético do paciente, que é examinada no Instituto Evandro Chagas. O teste fica pronto em, no máximo, dois dias.
O diretor do hospital, Luiz Moraes, informou que é importante ressaltar que somente casos indicados pelo município ou pelo Estado serão avaliados no Barros Barreto, pois não é feito atendimento de urgência e emergência no local. O hospital Barros Barreto treinou os cerca de 1.200 profissionais durante dois dias. Foram realizadas palestras com informações sobre a gripe A e sobre como o Estado vai tratar o problema.

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