No AMAZÔNIA:
Após várias tentativas de fugas registradas desde o começo do ano, uma delas recentemente por um buraco cavado pelos presos, sete detentos da Seccional Urbana do Comércio conseguiram escapar serrando duas barras de ferro e subindo no telhado do prédio. A fuga ocorreu na madrugada de ontem. Na quarta-feira, onze presos tinham sido transferidos e a carceragem ficou com 26 detentos. Até o final da tarde, nenhum foragido havia sido recapturado e as buscas continuavam. Anteontem, quando a carceragem abrigava 37 detentos, a polícia descobriu um buraco medindo 40x40 cm em uma das paredes da cela. A fuga foi impedida, mas os presos deram um jeito de escapar por outro meio.
Na manhã de ontem, peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) estiveram no local, registraram em fotografias as barras serradas, o local por onde eles subiram e todo o espaço da carceragem. Ainda ontem, as barras foram soldadas e também foi feita uma revista nos detentos.
Segundo informações, o número de fugitivos não foi maior porque o cano de ferro usado pelos fugitivos para escapar não suportou o peso dos presos. Depois de serrarem as barras de ferro, os detentos conseguiram alcançar o telhado da cela. Eles retiraram algumas telhas e continuaram subindo. Para chegar na parte mais alta do prédio e de lá ter acesso à liberdade, os detentos usaram uma tubulação de ferro, que quebrou e impediu que outros também saíssem. Um deles deixou a camisa no telhado.
Corredor - Segundo o delegado Antônio do Carmo, acredita-se que os presos tenham recebido um pedaço de serra de alguma mulher que usou o banheiro localizado ao lado do local onde os detentos ficam. Do banheiro, pela parte de cima, é possível passar objetos para os presos que ficam no corredor. Este pequeno corredor, medindo 2x2m, está localizado ao lado da carceragem em si e também é usado para abrigar presos, já que a cela está superlotada. 'Se os detentos ficassem apenas na cela mesmo, não teriam como receber nenhum objeto entregue através do banheiro. O problema é que muitos estão no corredor', disse o delegado, admitindo ser impossível comportar tantos presos em um local onde cabem no máximo cinco pessoas.
Após a perícia do Renato Chaves, foi feita uma revista nas celas. Os presos também foram revistados, mas nada de ilegal foi encontrado com eles.
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