É extensa – bastante extensa – a pauta da governadora Ana Júlia Carepa em Brasília, aonde chegou no início da tarde de ontem, após ter sido submetida, ainda que involuntariamente, ao teste de avião.
Ela e o ex-deputado federal José Priante, presidente municipal do PMDB, que estava no mesmo vôo.
Mas isso é outra história.
A pauta da governadora no Planalto inclui a eleição para renovar a composição do conselho da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará.
Ana Júlia, e isso não é novidade para ninguém, é defensora da candidatura do advogado Jarbas Vasconcelos, um de seus mais fiéis amigos e que, não é de hoje, tentar chegar à presidência da OAB estadual.
E por que uma eleição da OAB no Pará motiva Ana Júlia a ir até o gabinete do presidente Lula?
Porque Sua Excelência o presidente da República não quer nem cogitar, por mais remotamente que seja, na possibilidade de um simpatizante dos tucanos vir a ocupar a presidência do conselho federal da OAB.
Lula, inclusive, já se aproximou bastante do atual presidente da Ordem, Cezar Britto. Quem fez o meio-campo, quem fez a ponte foi o advogado trabalhista Roberto Caldas, do Distrito Federal. Ele integra o conselho federal da OAB e é ligadíssimo ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que também já atuou na advocacia trabalhista.
Os interesses, portanto, são convergentes.
O de Lula, para que um tucano não seja eleito presidente federal da OAB.
E o de Ana Júlia, para que um advogado amigo seu e simpático ao PT ocupe a presidência da OAB-PA, o que confluiria para tornar o conselho federal mais simpático ao PT, ou no mínimo bem distante do PSDB.
É assim.
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