sexta-feira, 15 de maio de 2009

Kits de baixa qualidade

No AMAZÔNIA:

A polêmica dos kits escolares idealizados e distribuídos pela governadora Ana Júlia Carepa atingiu outro patamar. Segundo relatos de pais e alunos que receberam o conjunto - formado por mochila, uniforme e agenda -, os materiais são de baixíssima qualidade e não justificam o investimento do Estado. Dentre as queixas, consta que as mochilas rasgam logo no primeiro dia e as camisas são muito apertadas ou muito folgadas.
O estudante Bruno Roberto, que cursa a 5ª série no colégio José Veríssimo, conta que a mochila que recebeu rasgou logo no primeiro dia de uso. 'Eu só tinha colocado três livros e um caderno e, quando eu estava indo pra aula, ouvi o barulho do rasgo. Ainda tentei segurar, mas dois dos livros caíram na vala e estragaram', contou ele, que também disse ter tido dificuldades para manipular o zíper. Bruno ainda lembrou que chegou a ganhar outra mochila de uma amiga de escola, já que esta já possuía uma sacola para carregar os livros. 'Eu achei que só a minha tinha vindo com defeito, mas a que ela me deu rasgou rapidinho também'.
Já Breno, irmão gêmeo e colega de classe de Bruno, reclamou do tamanho do uniforme que recebeu. 'A minha camisa veio muito pequena e o tecido é meio estranho. A manga podia estar mais ajustadinha e a gola pinica muito o pescoço', disse. Ele também comentou que passou pela mesma situação do irmão com a mochila que recebeu. 'Eu só levava um caderno e dois livros quando aconteceu. Só que nesse dia tava chovendo muito e eu quase perdi tudo', disse ele, que ainda revelou que muitos dos alunos usam a agenda dos kits para desenhar.
A mãe dos meninos, Sônia Cristina, disse que os kits escolares representam um mau uso da verba pública. 'Acho que esse dinheiro, que vem do bolso de todo mundo, podia estar sendo investido em coisas mais rentáveis do que esse material. Se eles querem dar um melhor atendimento pra quem estuda em escolas do governo, não foi dessa vez que conseguiram', opinou.
Para ela, o governo desvaloriza os estudantes que dependem do ensino público ao fornecer tais materiais, classificando-os como 'de baixa qualidade'. 'Acho que isso é uma grande falta de respeito com quem estuda em escola estadual. Engraçado é ver como enaltece esses kits, fica parecendo que é coisa de primeiro mundo. Se eu soubesse que os meus impostos iam me dar esse retorno eu deixava de pagar e comprava coisa melhor pros meus filhos', desabafou.
Em um comunicado divulgado na época do começo da polêmica do superfaturamento dos kits, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) explicou que o valor total da confecção dos kits foi de R$ 27,8 milhões, e que o custo unitário por aluno ficou em R$ 27,80. Pouco depois, a Secretaria revelou que os uniformes não foram licitados.

2 comentários:

Anônimo disse...

Os kits tem a mesma "qualidade" do governo popular da terra de direitos: lamentável!

Anônimo disse...

lá vai a musiquinha...

ôôô ana júliaaaaaaa
ÔÔÔ ana júliaaaaaaa

quero um kit desse pra mim,
pra eu poder estudar...
ter que ver a agenda assim,
feita na paraíba...
contemplando essa licitação,
do governo estadual...
quando a mochila tiver fim,
o livro vai estar na vala...
a double m cheia de carinho,
será sempre um espinho...
dentro da opoooosiçãooooooo

ÔÔÔ ana júliaaaaaaaa
ÔÔÔ ana júliaaaaaaaa

sei que o PMDB,
já não quer o meu amor...
sei que o PMDB,
já não gosta de mim...

Bom dia meu povo e minha pova!!!!