terça-feira, 6 de outubro de 2009

Governadora diz que outros poderes devem sentir a crise

No AMAZÔNIA:

A Assembleia Legislativa do Pará terá que apertar os cintos e parar de esbanjar dinheiro se quiser continuar funcionando em plena ordem. Na sessão especial de ontem, a governadora Ana Júlia Carepa deixou bem claro que não existe corte no repasse de recursos à Casa, como alegava o presidente, deputado Domingos Juvenil.
De acordo com a governadora, houve queda na arrecadação repassada aos Estados - que no caso do Pará teria chegado a R$ 250 milhões - devido às políticas de isenção fiscal implementadas pelo governo federal. Por conta disso, apesar de a Assembleia continuar recebendo o percentual previsto no orçamento, o volume de dinheiro destinado à Casa diminuiu.
'Não existe corte de repasse. Tudo é enviado de acordo com a legalidade. O que existe é queda na arrecadação. A crise não pode existir só para o Executivo, responsável pela segurança, saúde e educação. Os outros poderes também devem sentir', disse a governadora Ana Júlia ao final da sessão solene em comemoração aos 20 anos da Constituição Estadual. Segundo ela, o governo tem dialogado com deputados e deve se reunir, nos próximos dias, com a Mesa da Assembleia para resolver a questão.
A diferença nos repasses preocupou o presidente, deputado Domingos Juvenil. Na semana passada, ele se reuniu com líderes partidários para afirmar que a Casa deixou de receber, apenas no mês de setembro, cerca de R$ 5 milhões. O débito do governo com a Casa chegou a R$ 9 milhões, completou Juvenil. Ele afirmou que o dinheiro repassado não era suficiente nem mesmo para cobrir a folha de pagamento dos servidores.
Ontem, o presidente da Assembleia disse que, em reunião com o secretário da Fazenda, José Raimundo Trindade, e com o consultor-geral do Estado, Carlos Botelho, ficou acertado que, até 10 de outubro, o governo deverá apresentar uma solução para o problema. 'As relações (com o Executivo) são cordiais, mas precisamos fazer esse ajuste, que abala o Poder Legislativo', argumentou.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pela "qualidade" do que produzem, os legislativos federal, estadual e municipal paraenses "de grátis" já seriam caros.
Pagos, são caríssimos, desperdício mesmo.