Estreia com derrota

No AMAZÔNIA:

O técnico Nasareno Silva estreou no comando do Paysandu com o pé esquerdo. O time comandado por ele foi derrotado pela seleção de São Caetano de Odivelas, por 3 a 1, de virada, em amistoso disputado naquele município, ontem à tarde. Romário, Afonso e Tiago marcaram para os donos da casa, com Dadá fazendo o gol dos bicolores. O jogo, que deveria marcar o início de uma nova era na Curuzu, serviu apenas para reavivar a triste memória da vergonhasa eliminação na Série C, há dois meses, quando o Papão também foi derrotado por uma equipe interiorana - naquela ocasião, o Icasa-CE, por 6 a 2.
A expectativa positiva do público local para a estreia do novo/velho time alviceleste, somou para o bom desempenho dos donos da casa. Por sua vez, o Papão entrou em campo visivelmente sem grande motivação e mostrando desentrosamento desde o início do jogo. Mesmo assim, o Bicola inaugurou o placar logo aos 11 minutos do primeiro tempo, com um gol marcado pelo volante Dadá, que cobrou falta com perfeição no ângulo direito do goleiro Fábio.
Depois desse gol, o Paysandu esboçou uma goleada, mas cometeu inúmeros erros de passe e de finalizações. Os atacantes Zé Augusto e Torrô passaram a maior parte do tempo isolados na frente, enquanto Moisés pouco se movimentava, facilitando a marcação do adversário. Outra falha da equipe da capital foi a falta de apoio dos alas Cláudio Allax e Aldivan.
Com o incentivo direto da torcida, São Caetano manteve o ritmo e conseguiu chegar ao gol de empate aos 17, através do meia-atacante Romário, que recebeu a bola na entrada da área e acabou acertando o canto esquerdo, no contrapé de Rojer.
Cinco minutos depois, o time da casa voltou a assustar Rojer. Depois de uma boa jogada de Curió, o volante Pelezinho chutou, a bola desviou na defesa e quase enganou o goleiro do Papão. O péssimo gramado do estádio do Marítimo não permitia que a bola rolasse sem problemas e o jogo ficou lá e cá até o fim da primeira etapa.
O Paysandu voltou para o segundo tempo com a mesma formação - e a mesma desorganização. Antes dos dez minutos, o técnico Nasareno Silva mexeu em duas posições: Torrô, enfim, saiu para entrada de Balão e Zé Augusto deu lugar a Lecheva. As alterações melhoraram um pouco o rendimento da equipe, que ainda pecava pelo afobamento e precipitação.
Os donos da casa, que não tinham nada a ver com isso, foram chegando cada vez mais perto do gol. Aos 25, numa falha de Aldivan, a bola sobrou para Afonso. Não fosse um corte salvador de Bernardo, o placar teria sido mexido. Mas os erros bicolores não passariam sem um duro castigo. Aos 31, Curió fugiu pela direita e cruzou. Afonso completou para dentro. 2 a 1. Os bicolores se desesperaram e partiram em busca do gol de empate para tentar evitar o novo vexame.
Mas a seleção local manteve a tranquilidade e, em um contra-ataque rápido, aos 44, selou o placar da partida. O garoto Tiago, que havia acabado de entrar, aproveitou rebote na área para marcar um belo gol. Era o golpe de misericórdia.