No AMAZÔNIA:
Antes de vender o Baenão, o Remo ainda pretende reformar o estádio. Só que, para isso, o clube precisará investir pelo menos R$ 300 mil. As obras são necessárias para atender às exigências do Corpo de Bombeiros e garantir a segurança dos torcedores. Sócios do clube formaram uma comissão de obras - como a que financiou a ampliação da Curuzu, em 2008 - e planejam reformar as estruturas das arquibancadas e os banheiros. Só falta o dinheiro.
Para Ubirajara Salgado, ex-presidente e sócio benemérito do Remo, o Leão não pode esperar o desfecho da venda do estádio para jogar em casa. 'Mesmo que a negociação se concretize, vai levar de um ano e meio a dois anos para terminar. E, nesse momento, o Remo precisa jogar no seu estádio da Antônio Baena', ressalta Salgado, um dos membros da comissão de obras do Remo.
O Remo começou a vender as cadeiras VIP do estádio para conseguir bancar a obra. Por R$ 500, os torcedores podem garantir um lugar no estádio de janeiro a julho de 2010. 'Além disso, as pessoas que quiserem ajudar podem doar R$ 100, R$ 200 e também materiais de construção. É preciso que os simpatizantes do Remo vejam de que maneira podem contribuir para essa reforma', afirma Ubirajara Salgado.
O ex-dirigente declarou-se a favor da permuta do estádio com outro terreno, onde seria construída outra praça esportiva e um Centro de Treinamento. Ubirajara Salgado, no entanto, pediu precaução dos remistas para negociar o Baenão. 'Deveremos ter muita cautela. E isso nosso presidente está tendo', diz o benemérito azulino. 'Se é um sonho, isso só vamos saber na hora em que houver uma proposta.'
A última proposta de negociação do estádio Evandro Almeira foi feita em 1988, quando Ubirajara Salgado era presidente azulino. Os investidores sugeriram que o Baenão fosse trocado por um Centro de Treinamento e um campo de futebol. Em troca, o Remo cederia o terreno da praça esportiva na Antônio Baena para a construção de um shopping. Além do CT e do novo estádio, o clube ainda receberia 14% da renda líquida do empreendimento.
Hoje, Ubirajara Salgado se diz arrependido por não ter fechado negócio. 'Passando o Mangueirão, há 20 anos, nós tínhamos um local onde, hoje, o Remo poderia estar. Se tivéssemos feito negócio naquela altura, estaríamos em outras condições, porque teríamos uma renda permanente e um centro onde poderíamos, talvez, fazer outras coisas que não estamos podendo na Antônio Baena', revela o ex-dirigente.
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