quarta-feira, 17 de junho de 2009

Um olhar pela lente

Mulher protesta a favor da liberdade de conteúdo do canal privado venezuelano Globovisión. O órgão público que regula as telecomunicações na Venezuela abriu um novo processo contra o canal por sua suposta contribuição para atos delituosos.
A foto é da AFP.

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezado PB,


E ainda há os que, em Belém, defendam o presidente coronel Hugo Frias (como diria Jânio Quadros, o sobrenome o define!!!) Chávez, o que há de pior hoje em matéria de populismo exarcebado na América Latina.

Recomendo a todos ver no youtube a entrevista coletiva do general Raúl Baduel, ex-Ministro da Defesa do próprio Chávez, no qual denuncia o objetivo secreto do projeto político chavista, que é empobrecer a população venezuelana para que esta fique dependente do caudilho (ele não diz, mas é inevitável que façamos uma analogia direta com o agonizante regime dos irmãos Castro em Cuba).

Por fazer corajosamente tal
denúncia, o general Baduel foi preso por Chávez, acusado, injustamente, de corrupção (este é o mais novo arttifício chavista - prender a todos que o combatem por corrupção; quem é governista, nunca é molestado pelo aparato policial e pelo Poder Judiciário, que o tirano tem no bolso). A prisão do general Raúl Baduel, feita no meio da rua e sob o protesto de sua mulher, também está disponível no youtube.

É vergonhoso que nossa imprensa não publique uma única linha sequer a respeito de tal fato, nem mesmo os grandes jornais - como a Folha de São Paulo, por exemplo - divulgaram a arbitrariedade e a inconstitucionalidade de tudo isto. Não digo que sejam coniventes, mas afirmo que tanta omissão só pode significar um desserviço à democracia na América do Sul e, em particular, no Brasil por deixar a opinião pública desinformada.

Para os que ainda defendem o regime dos irmãos Castro - e, infelizmente, não são poucos em nossa Belém de poucas luzes - recomendo que se leia o Blog Generación Y, escrito pela dissidente cubana Yoani Sanchéz. É um santo remédio para acabar com qualquer ilusão a respeito da legitimidade democrática daquele regime.