No AMAZÔNIA:
Morreu na tarde de ontem Ismael Macambira Haick, 50 anos, assassino da ex-mulher Núbia Carmem Toutenge Conte, crime ocorrido em 2005. Ele estava internado em estado grave desde a madrugada de sexta-feira, quando ingeriu uma dose excessiva de Captopril, um remédio para pressão arterial. Após ser encontrado passando mal dentro da cela do Centro de Recuperação do Coqueiro, onde cumpria pena de 27 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado, Macambira foi internado, já em coma, no Pronto-Socorro Municipal do Umarizal. Durante o processo desintoxicação, por volta das 17 horas, ele faleceu e teve o corpo encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
Há indícios de que o assassino tenha se suicidado. Ele teria ingerido propositalmente uma quantidade grande do medicamento para pressão e até deixado um bilhete de despedida, no qual se dizia 'desgostoso da vida'. Tais informações, porém, não foram confirmadas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). De acordo com a secretaria, o remédio ingerido Ismael Macambira não era dele, mas de um outro detento, companheiro de cela. A Polícia Civil já investiga se houve crime de induzimento ou auxílio a suicídio, ou até homicídio, caso o fato ocorrido de outra forma.
O comerciante confessou ter matado no dia 5 de dezembro de 2005 a ex-mulher, a professora Núbia Conte. O corpo da vítima foi encontrado no dia seguinte ao crime, nas matas ao redor da estrada da Ceasa, com ferimentos de faca e sinais de violência sexual. No local, havia elementos de ritual de magia negra. O Ministério Público Estadual recebeu a denúncia no dia 21 de dezembro de 2005 e no último dia 6 o então indiciado foi condenado por júri popular e passou a cumprir pena em regime fechado no Centro de Recuperação do Coqueiro.
Durante o julgamento, a defesa de Macambira levantou a tese de que o acusado era, no âmbito penal, absolutamente incapaz por insanidade mental. Porém, a psiquiatra forense do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Elizabeth Ferreira, atestou que 'ele é perfeitamente capaz de discernir o que estava fazendo e planejou nos mínimos detalhes o crime' e o argumento do acusado não prevaleceu.
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