No AMAZÔNIA:
Os mineradoras já admitem: haverá reduções de investimentos nas principais províncias minerais do Brasil. No Pará, não poderia ser diferente. O prognóstico do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) é de freio no ritmo de execuções de projetos e a redução de marcha vai custar caro: menos 1 bilhão de dólares dos 23 bilhões que seriam aplicados no terrotório paraense de 2009 a 2013. O presidente da entidade, Paulo Camillo Penna, ameniza e diz que, em um momento de crise, estes números são animadores, pois a redução é de apenas 5%, aproximadamente, diferente de Minas Gerais, onde a queda deve beirar os 20 pontos percentuais.
Penna confirma que devem ser mantidos os 47 bilhões de dólares para todo o Brasil no período, mas também admite que, se não fosse a crise mundial, esse montante teria, pelo menos,10 bilhões a mais: até o terceiro trimestre de 2008, a projeção de investimentos da indústria de mineração no Brasil era 17,5% maior, ou seja, 57 bilhões de dólares entre 2008 e 2012.
O presidente do Ibram avalia que o Pará é a província mineral menos afetada. E há um motivo claro para o impacto menor: o Estado tem a melhor produtividade e produtos mais competitivos no mercado internacional.
Penna frisa ainda que os investimentos foram mantidos em todos os projetos no Pará. 'O que deve haver é a adequação dos prazos para finalizar os empreendimentos', comenta. Um dos casos é o projeto Onça Puma, o qual deve explorar uma das maiores reservas de níquel do mundo, em Ourilândia do Norte. O presidente não comenta, mas, embora a queda de preço do níquel tenha sido brutal durante a crise, as perspectivas de retomada dos preços em médio e longo prazo mantiveram os investimentos, embora em ritmo mais lento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário