No AMAZÔNIA:
Não há números precisos de quantas pessoas recebem este tipo de mensagens por dia. Em Belém, a modalidade começa a chamar a atenção dos órgãos de segurança pública. Durante a semana, os comandos da Polícia Militar e da Polícia Civil na Região Metropolitana fizeram um alerta, em conjunto, sobre os golpes aplicados na capital pelo celular.
Nilson Oliveira, o motorista que pensava ter sido premiado com o carro novo, tomou o refrigerante e mandou os sobrinhos usarem os sabonetes. Na segunda-feira seguinte procurou a afiliada local da emissora de televisão para relatar o ocorrido. Descobriu que lá há uma lista de pessoas que foram enganadas, como ele.
O funcionário da portaria da emissora relata que, a cada dia, pelo menos cinco pessoas o procuram para saber de seus 'prêmios'. Todas elas voltam desapontadas para casa ao tomar conhecimento de que foram vítimas de um golpe.
Para o motorista Nilson, além da decepção, há ainda uma outra angústia. Ele espera preocupado pela conta de telefone que vai ter que pagar ao final do mês. O número para o qual o motorista ligou tem prefixo 85, que indica que o telefone está na Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará, uma das três capitais apontadas pela polícia do Pará como principais origens das chamadas de golpistas. Está na lista, ao lado São Paulo e Rio de Janeiro, onde o crime se tornou popular nos últimos anos, em paralelo aos casos de extorsão e falsos sequestros por telefone.
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