O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), estão batendo uma tabelinha que faz gosto.
Num dia, Lula diz que Sarney não pode ser tratado como uma pessoa comum.
No outro dia, Sarney ressalta que não convém a um homem com sua biografia ficar escarafunchando até o que se passa na cozinha do Senado.
Num dia, Sarney protesta que está sendo vítima de uma “campanha midiática” porque apoia o presidente Lula.
Penhorado e comovido, Lula emenda no outro dia: ninguém vai renunciar.
Sabe-se lá em que resultará essa tabelinha.
Porque nem toda tabelinha resulta em gol.
Ao contrário, muitas tabelinhas resultam em finalizações horríveis, lá por cima do gol.
É possível que essa tabelinha se encaminhe para isto: bola fora.
Porque é fora de dúvida todas essas denúncias só vão parar quando a sociedade sentir, de fato, que há uma decisão inflexível de fazer uma assepsia geral no Senado.
Mais do que discursos, mais do que tabelinhas, é preciso ação.
Do contrário, o Senado se afundará cada vez mais.
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