No AMAZÔNIA:
O Instituto Evandro Chagas confirmou ontem o primeiro caso de contaminação pelo vírus Inflenza A no Pará. A vítima acometida pela gripe suína - como a doença é conhecida popularmente - é uma jovem paraense de 18 anos que esteve de 17 a 21 de junho em Orlando e Miami, nos Estados Unidos. A jovem, de nome não divulgado, chegou a capital no dia 21 de junho e apresentou no dia seguinte os primeiros sintomas da doença - febre, tose, coriza e dores na garganta e nas articulações -, mas apenas na quarta-feira, 24, procurou um hospital da rede particular para ser medicada. 'Como se tratava de um paciente com sintomas da doença e que vinha de uma área de ocorrência, a Sespa foi imediatamente notificada, assim como foi administrada imediatamente a medicação', explicou Ana Helfer, Coordenadora de Vigilância à Saúde do Estado. A jovem foi submetida ao exame PCR, feito a partir do sangue, que acusou a doença. A confirmação ocorreu às 19 horas de ontem.
A coordenadora de Vigilância explicou que, como a paciente está clinicamente bem, não foi necessário interná-la. O tratamento - cuja duração é de cinco dias - com o medicamento antiretroviral Tamiflu está sendo feito em casa.
Isolamento - A jovem mora com nove pessoas e todas estão sendo mantidas em isolamento domiciliar. 'Esses contatos não estão recebendo o medicamento porque ele não é preventivo. A família está apenas sendo mantida sob observação', explicou Ana Helfer, acrescentando que o isolamento vai durar pelo menos dez dias.
Nesse período, agentes da vigilância sanitária visitarão o domicílio duas vezes ao dia. A Sespa também emitirá boletins diários de acompanhamento para a imprensa. O primeiro deles será divulgado hoje ao meio-dia. Como o período de transmissão da doença vai do primeiro ao terceiro dia após o ínicio dos sintomas, a preocupação da Sespa agora é identificar com quantas pessoas a jovem teve contato após o desembarque na capital. 'Nosso trabalho é saber onde, quando e com quem ela esteve nos últimos dias', explica a coordenadora. Todos os contatos precisarão ficar sob observação e utilizando máscaras.
Os passageiros que ocupavam a mesma fileira, assim como os ocupantes de cadeiras duas fileiras antes e duas depois, do vôo que trouxe a jovem a Belém também estão sendo identificados e ficarão sob observação por um período que varia entre 10 dias - para maiores de 12 anos - e 14 dias - para menores de 12 anos.
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