quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sufoco em dez dias sem água

No AMAZÔNIA:

Aproximadamente duas mil pessoas estão sem água há mais de 10 dias na avenida Bernardo Sayão, entre Padre Eutíquio e São Cristóvão. Segundo os moradores, o problema é resultado de construções irregulares sobre a rede de distribuição. Eles reclamam que a escassa água que, de vez em quando aparece nas torneiras, é de qualidade duvidosa, já que tem um odor forte e já provocou diarreia em grande parte dos moradores. A população, que ameaça bloquear a rua em protesto, diz que a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) está ciente da situação, mas não toma providências.
Samara da Silva, moradora do bairro há 18 anos, explica que esta é uma situação recente. 'Tem dois meses que a água começou a ficar ralinha e suja. No domingo, 26, faltou água de vez e não voltou mais', declara. Samara informa que a Cosanpa esteve na rua na quarta-feira passada, 29, e no domingo, dia 3, mas nada foi resolvido. 'Já tentamos entrar em contato com a Cosanpa, já chamamos a imprensa, não sabemos mais o que fazer para resolver o problema. Se até amanhã nada for feito, o pessoal já disse que vai fechar a rua. Tem muita criança, idoso, deficiente físico que não tem condição de ficar carregando água para cima e para baixo', reclama. O mesmo problema vivia a moradora Yasmin Conceição, que reclamava do mau serviço e do descaso da Cosanpa.
É o caso do aposentado José Alves, que perdeu os movimentos do lado esquerdo do corpo após acidente vascular cerebral - AVC. Nos últimos dez dias ele conta com a solidariedade de seus vizinhos para conseguir água para consumo e higiene pessoal. 'Tenho ‘pirangado’ água nesses dias todos. Já estou pensando até em me mudar. Não tenho condições físicas de ficar carregando baldes de água', alega.
A falta de água pode ter sido acasionada pela construção de uma casa em cima do encanamento que abastece os bairros da Condor e Cremação. Os moradores dizem acreditar que o peso da casa pode ter gerado rupturas no canal, o que que explicaria a falta de água e o odor, devido à contaminação pelo esgoto.
Em nota, a Assessoria de Comunicação da Cosanpa afirma que o problema foi solucionado no final da manhã de ontem e que abastecimento de água já encontra-se normalizado na área. A companhia confirma que o problema foi ocasionado pela construção de uma casa feita de maneira irregular em cima de uma rede de distribuição. A obra, segundo a nota, danificou a tubulação que passa dentro do canal da Bernardo Sayão, provocando um enorme vazamento.

Um comentário:

Anônimo disse...

Só esta despreparada Governadora não vê o que estes dirigentes atuais da Cosanpa estão fazendo com o povo. Em tempo algum a Cosanpa teve tanto dinheiro, esta até para se afogar com tanto dinheiro dado pelo governo federal e a população a cada dia que se passa a sofrer mais com esta falta de agua. É o que dá nomear gente por indicação politica para setores que não conhecem. Segundo o jornal do Sindicato dos Urbanitários de abril/2009 lá se pratica tambem as compras sem licitações. É a Cosanpa a aprender com a Ana dos Kits.