terça-feira, 19 de maio de 2009

Servidores unidos em ato público

No AMAZÔNIA:

A decisão da juíza Rosileide Maria da Costa Cunha, da 3ª Vara de Fazenda da Capital, de determinar a volta dos servidores de saúde ao batente voltou a causar revolta entre os grevistas municipais. Membros do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde), junto à Associação de Trabalhadores da Fundação Papa João Paulo XIII (Asfunpapa) e ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Pará (Sintepp), fizeram um protesto em frente ao Fórum Cível da capital em repúdio à conclusão do Judiciário de que a greve é abusiva. Uma comissão foi recebida no local, mas a posição da Justiça foi mantida. A greve dos três setores - saúde, educação e assistência social - será mantida pelo menos até hoje, quando assembleias serão organizadas para tomar uma posição definitiva.
A decisão favorável à Prefeitura Municipal de Belém (PMB), anunciada à última quinta-feira, se refere somente aos servidores municipais de saúde. O argumento é de que os serviços de atendimento nos Pronto-Socorros e Unidades de Atenção Básica não podem ser interrompidos, por oferecerem prejuízos à população de Belém.
A greve na área de saúde havia sido anunciada em 30 de abril pelo Sindsaúde e já tinha apoio de outros setores do município, como a educação e a assistência social, que também pararam. Somente 30% do fluxo de atendimentos estava sendo realizado em unidades como o Pronto-Socorro do Guamá, na tentativa de pressionar o governo municipal a aceitar as propostas de reajuste de 20,84% no salário dos profissionais, além de melhorias na estrutura das unidades.
Outra exigência do movimento, que continuou a ser apresentada no protesto à manhã de ontem, é a instalação da CPI da Saúde na Câmara Municipal de Belém (CMB). Empunhando cartazes, faixas e folhetos com denúncias sobre a área, os servidores de saúde estavam divididos quanto à decisão de manter ou cancelar a greve, por conta da multa diária de R$ 50 mil que a Justiça determinou, caso o Sindsaúde não acabe com a paralisação. Os servidores ainda terão os dias de paralisação a partir desta semana descontados nos salários.

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