terça-feira, 12 de maio de 2009

Quem dará o bote primeiro: Ana Júlia ou Jader?

Até os peemedebistas – ou principalmente eles – se perguntam.
Se o PMDB está esfolado até o pescoço, por que ainda não rompeu com o governo Ana Júlia?
Até os peemedebistas – ou principalmente eles – se perguntam.
Se o PMDB está sendo tão maltratado pelo PT, por que então não desembarca de uma vez e fica de fora, na confortável posição de atacante em relação ao governo Ana Júlia?
Até os peemedebistas – ou principalmente eles – se perguntam.
Por que o deputado federal Jader Barbalho, presidente regional do PMDB, prefere chamar auxiliares da governadora de fofoqueiros, em vez de romper de uma vez por todas, já que seu partido, conforme todos os peemedebistas reclamam, está sendo tão maltratado?
“É porque o Jader está mais velho do que todos nós. E por conta disso, parece que tem uma paciência maior do que a de todos nós para aguentar tudo isso”, arrisca-se em responder um peemedebista histórico com quem o blog conversou.
Um outro, que não é peemedebista, mas observa atentamente a postura do maior partido do Pará, no caso o PMDB, tem um outro olhar sobre esse estica-encolhe em que se transformou a aliança entre PMDB e PT.
“O Jader não vai romper agora. Ele ainda detém cargos, muitos cargos no governo. E vai levar essa situação até onde lhe for conveniente. Vai deixar que a corda estique até onde for possível. E é mais provável que decrete o rompimento não agora, mas no próximo ano, que será o da eleição”, diz o observador.
Os peemedebistas, todos sabem, são um pote até aqui de mágoa com o governo Ana Júlia.

Ana Júlia está nas mãos do PMDB
E Ana Júlia, todos sabem, é um pote até aqui de comprometimento político com o PMDB de Jader Barbalho.
O comprometimento de Ana Júlia com o PMDB tem a ver – tudo a ver – com a governabilidade.
A governadora, mais do que ninguém, sabe que sem o PMDB ela não poderia governar hoje. O PMDB, tanto quanto o PT, é absolutamente indispensável para que a governadora, bem ou mal, continua a governar.
Disso resultam conveniências que aparentemente transparecem como conflitantes, mas que em regra acabam sendo convenientes para os dois lados.
De um lado, Ana Júlia precisa do PMDB e não abre mão, neste momento, de mantê-lo como aliado, ainda que seu governo e seu partido tratem os peemedebistas a pontapés, segundo sentimento predominante no próprio PMDB.
De outro lado, os peemedebistas, mesmo tratados a pontapés, segundo eles próprios reclamam, ainda mantêm o cacife de formar na base aliada do governo e disso tirar proveitos que, se são pequenos e cada vez mais minguantes, de qualquer forma não deixam de ser proveitos.
É mais ou menos isto: o PMDB finge que é governo, e o governo finge que tem o PMDB como aliado.
Esse é um casamento de aparências.
E as aparências, todos sabem, muitas vezes enganam.
Mas, neste caso, as aparências, como convêm a um lado e outro, conservam a corda esticada.
Até que Jader escolha o momento certo para dar o bote.
Ou até que o governo Ana Júlia escolha a hora mais propícia para dar o bote.
No jogo de aparências, é assim.

8 comentários:

Anônimo disse...

Égua do povo que adora brigar !
O jader briga com a Ana Julia.
O Mario Couto briga com o Jatene.

Anônimo disse...

Tudo bem, mas tem que haver honestidade neste Governo, como está as cadeias serão poucas para quando estes governantes perderem o poder!

Anônimo disse...

Parece que este pessoal está competindo em querer saber quais os mais incopetentes, os mais desonestos, os mais espertos e por ai vai. Que tal a Ana dos Kits falar com a SEEL e fazer uma Olimpiada?

Anônimo disse...

Alguns interlocutores dentro da Assembléia Legislativa comentam que o dep. Parsifal Pontes está fazendo uma espécie de jogo duplo, ou seja, ele como líder da bancada peemedebista está usando essa prerrogativa para garantir a sua sobrevivência política, onde ele, constantemente, tem transformado a tribuna e alguns blogs, como um palco de teatro. Sendo que ele interpreta que está com raiva do governo de Ana Julia, no intuito de agradar a platéia do seu partido, mas nos bastidores ele troca afagos com os petistas em uma demonstração clara de tentar articular o seu nome para a vaga de conselheiro do TCE. Com isso o deputado Pontes tem conseguido matar 3 coelhos com uma cajadada só, inobstante ele está mantendo o seu cargo de deputado (haja vista que o mesmo pertence ao secretário de obras do estado, Chicão), está mantendo a sua mulher na Paratur (Ann Pontes é a presidente do órgão) e, por cima, está ganhando notabilidade para alcançar o tão sonhado posto de conselheiro vitalício.
Dizem que a sua estratégia está começando a sofrer fissuras, pois alguns parlamentares peemedebistas já estão articulando uma rasteira sistemática nos planos pessoal do dep. Parsifal Pontes. Os próximos dias prometem ser emocionantes. É esperar pra ver.

Anônimo disse...

Eles se merecem!!!!

Anônimo disse...

Os companheiros do PT no Estado do Pará ainda não conseguiram chegar no momento de compreenção política que tem o PT nacional ou o PT de Minas Gerais. A ortodoxia ainda impera na formulação política dos comandantes das diferentes tendencias deste partido. A convivência pacífica com os aliados é substituida de forma permanente pela presunção, pela arrogância de que ainda são os portadores dos manuais da ética na política. O PT precisa entender que não é mais virgem ao tratar com decência o erário público. O exemplo do mensalão, a gestão do Angar, do Setrans, a compra sem licitação dos Kit Escolares, a propaganda enganosa veiculada diariamente nos meios de comunicação tentando enganar a população com informações das realizações fantasiosas de um governo neliente com os desmandos na Sedes e Sedurb parece que não ensinaram nada para este Partido. O PT continua achando que, fora nossos companheiros, o resto é filhote da burguesia passível de ser comprado com um cargo, um emprego ou um punhado de tostões. O PT, tem no seu DNA, como afirma o Deputado Parcifal, os valores da superioridade etica, o resto não deseja as tranformações revolucionárias só quer um punhado de benfícios do Estado. No passado era assim que tratavem PCdoB, PPS, PSB, PSTU nas disputas sindicais,no movimento estudantil e comunitário. Estes partidos eram de segunda categotia. Hoje com o Governo do Estado e todas as possibilidades que isto proporciona, tratam PMDB, G8, PSB ePDT da mesma forma. Não conseguem conviver politicamente respeitando os espaços, respeitando as alianças conjunturais e formulando coletivamente. Veja o que a DS faz com o PT pra Valer. Não os respeita na partilha do Poder. Sê agem assim internamento, o que esperar no tratamento a um Partido tido como Burgues e fisiológico como o PMDB. O PT não respeita ninguem. Veja o que fizeram com o PCdoB. Tiraram das bases deste partido as lideranças mais importantes: Sandra Batista, Paulo Fonteles e Leonardo Conduru, todos do Diretório Regional, além de dezenas de militantes. A idéia, me parece, era dizimar o PCdoB no Estado. Parcialmente conseguiram considerando o desempenho pífio deste partido na última eleição municipal. E olha que o PCdoB sempre foi, desde 1982, o aliado preferencial do PT nas lutas sindicais, estudantis e eleições para Legislativo e Executivo.
O PT, como diria o saudoso Eduardo Lauande, é mais ortodoxo no Estado do Pará do que uma caixa amarela de maizena. A grande mudança do PT do Estado do Pará só aconteceu no campo da ética. Esta perdeu-se no fisiologismo, marketing enganoso e práticas condenáveis ao tratar o dinheiro do contribuinte.

Parsifal Pontes disse...

Olá Paulo,

Após ler as manifestações aqui postadas gostaria de declarar que a notícia de que pretendo concorrer à vaga do TCE, que logo será objeto de apreciação na Assembléia, é absolutamente inverídica.
Jamais imaginei sugerir tal possibilidade, nunca conversei com ninguém sobre ela e não pretendo montar qualquer equação neurológica que a possibilite.
A explicação para a atitude é de ordem evidente: eu mesmo trabalhei na Assembléia para que esta rejeitasse apreciar qualquer indicado que não fosse um Deputado em pleno exercício do mandato, pois esta vaga a ser preenchida é de indicação exclusiva do Poder Legislativo.
Quando fiz isto, ainda em 2008, afastei qualquer pretensão de vir a compor o pleito como candidato: eu sou um 1º suplente de Deputado que exerce o mandato não por vacância do titular, mas por licença do mesmo.
Esta peculiaridade subtrai do mandato que temporariamente exerço, a legitimidade que eu reputo necessária para resultar no cenário que, como eu disse acima, ajudei a articular na Casa: sistematicamente eleger para Conselheiro do TCE um Deputado em pleno exercício do mandato.
Tal decisão foi tomada desde as articulações da mais recente eleição da espécie, em 2008, quando a Assembléia enviou o ex-deputado e atual Conselheiro Cezar Colares ao TCM.
Entendo que há tempo certo para cada propósito embaixo do céu – Eclesiastes – e este não é o meu tempo de pleitear o cargo.

Obrigado,

Parsifal Pontes

Poster disse...

Perfeito, deputado.
Vou postar seus esclarecimentos na ribalta, na madrugada desta quarta-feira.
Abs.