terça-feira, 12 de maio de 2009

Viagem da CPI para Redenção é adiada para junho

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembléia Legislativa, que apura crimes de abusos sexuais contra crianças e adolescentes, adiou para o dia 4 de junho a viagem ao município de Redenção, no Sul do Pará, onde seria realizada no próximo dia 14 mais uma audiência pública para apurar e elucidar casos de abusos sexuais contra menores. O adiamento ocorreu para que a comissão possa receber mais denúncias, contemplando outros municípios da região. As viagens para Gurupá, no dia 16, e para Cametá, no dia 22, estão mantidas.
Ainda nesta semana, o relator da CPI, deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS), deve pedir a prorrogação dos trabalhos da comissão por mais 30 dias, atendendo ao pedido do bispo da Prelazia do Marajó, dom José Luís Azcona, que já teria uma relação de novos casos que precisariam também ser apurados. Os trabalhos estavam previstos para encerrar no dia 11 de junho, com o relatório final sendo entregue em agosto.
Oeste - No último final de semana, a CPI esteve nos municípios de Itaituba e Santarém, no oeste do Estado, onde foram realizadas audiências públicas e tomadas de depoimentos de mais acusados de crimes contra crianças e adolescentes.
Em um rápido balanço dos trabalhos, o relator Arnaldo Jordy - o único parlamentar da comissão a viajar à região - disse que os resultados foram positivos, já que foram presas duas pessoas e expedidos quatro mandados de prisão somente em Itaituba, além da CPI ter recebido mais de 35 denúncias de abusos sexuais contra crianças e adolescentes nos dois municípios. Em Itaituba, foram apresentados casos também do município de Aveiro.
“Infelizmente, foi preciso que a CPI chegasse à região para que inquéritos que estavam parados há mais de três anos fossem desengavetados”, afirmou Jordy, ressaltando o trabalho sério da comissão, que tem conseguido resgatar a auto-estima de muitas mães e pais que clamavam por justiça diante de casos em que suas filhas foram abusadas sexualmente por pessoas sem escrúpulos.
Um dos casos citados pelo deputado foi o de Irajá Fonseca de Oliveira, que teve a prisão decretada pela Justiça, acusado de abusar sexualmente, em 2007, de sua neta, na época com quatro anos. A denúncia foi feita pelo seu próprio filho e pai da menina, Bruno de Lima Fonseca. Também foram expedidos mandados de prisão contra Carlos Roberto da Silva (Batgirl), comerciante local, condenado a 36 anos de prisão; Valêncio Francisco Menezes (a 30 anos) e Miguel Bezerra de Almeida (a 16 anos), por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. As prisões foram decretadas pelo juiz Claytoney Passos Ferreira, da 3ª Vara da Comarca de Itaituba.
“Em Itaituba nós selamos um pacto do bem, um pacto em favor das crianças e dos adolescentes, dos bebês e da família. Um pacto em favor das mães, no sentido de identificar os acusados de exploração e abuso sexual no sentido de investigar as denúncias e expedindo, através do poder judiciário, os mandatos de prisão, inclusive com sentença condenatória de um pedófilo conhecido da região”, avaliou o deputado Arnaldo Jordy ao falar da audiência ocorrida em Itaituba.

Fonte: Assessoria Parlamentar

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