segunda-feira, 11 de maio de 2009

Por que a garantir apenas para o liquidificador? Por quê?

Do leitor Luiz Braga, por e-mail, sobre a auditoria da AGE que resultou no afastamento de toda a diretoria do Ofir Loyola, indicada pelo PMDB:

Tenho sido um seguidor do blog e fiquei feliz de saber que, enfim, está sendo feito algo sobre o descalabro da diretoria do Ofir Loyola. Mesmo que para muitos o tempo tenha sido implacável e o preço tenha sido a vida.
Esses gestores (sic) não podem ser responsabilizados?
Eu estava conversando sobre isso um dia desses. Você compra um liquidificador por R$ 100. Se ele dá defeito, existe uma garantia.
Esses gestores brincam com a vida das pessoas e nada acontece. Só afastar é pouco, muito pouco.
Tem que acabar com essa história de brincar de administrar coisa séria sem experiência, sem talento. Só por indicação política.
Outra comparação: para qualquer emprego você tem que fazer uma entrevista, provas, apresentar qualificações, diplomas, cursos etc.
O mesmo vale para o que está sendo feito no urbanismo.
Belém está sendo asfixiada lentamente pela falta de diretrizes urbanas de ocupação, trânsito etc.
Ontem, eu conversava com uma engenheira que trabalhou em Natal, onde construiu cinco hotéis e um shopping. Ela me disse que por lá as coisas são pensadas de forma diferente.
Nenhum empreendimento é construído sem uma análise de seu impacto na urbe.
Todos os prédios têm estacionamento para visitantes, por exemplo.
Digo isso porque tenho sentido que o caos total está se avizinhando.
E quando, por exemplo (apenas um), o shopping que está sendo construído na Doca ficar pronto juntamente com as duas torres de 40 andares na mesma avenida, ninguém conseguirá circular no entorno da região, que hoje já é bem complicada pela estreiteza de suas ruas, com o excesso de prédios e o consequente aumento de tráfego e demanda por estacionamento.
E não vejo nada ser feito para prever isso. Nada!
Lá em Natal, os empreiteiros têm que apresentar um verdadeiro plano urbanístico para implantar um prédio.
Aqui, parece que têm apenas que apresentar o recibo de quanto colaborou na campanha.
A população que se dane.
A cidade está ficando intrafegável, asfixiada e parece que nem é com eles.
Estamos bem de saúde, agora também de transito...
Quem sabe se tivessem implantado aqui aquela idéia de um alemão do tempo da belle èpoque de canalizar toda a cidade não estaríamos melhor?

Um comentário:

Anônimo disse...

Para uma melhor avaliação da "qualidade" do serviço prestado no Hospital Ofir Loyola é imprescindivel ler o texto contido na seção Cartas ao Editor, do Jornal Pessoal nº441, do jornalista Lucio Flávio Pinto.
Leia e chore.