No AMAZÔNIA:
Durante uma tentativa de assalto, ocorrida pouco antes do meio-dia de ontem, o cabo Rosiberto Magalhães Dias, de 41 anos, foi assassinado a tiros na travessa WE 44 da Cidade Nova 8, em Ananindeua, após ser abordado por dois assaltantes que tinham a intenção de roubar-lhe a moto. Magalhães, como era conhecido na corporação, foi reconhecido pelos bandidos ao retirar o capacete. Há 15 anos atuando na Companhia Independente de Policiamento com Cães da Polícia Militar (CIPC/Canil), ele estava atualmente à disposição do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Familiares contaram que a vítima estava em seu horário de folga, à paisana. Após deixar a esposa no conjunto Geraldo Palmeira, no Distrito Industrial, ele resolveu ir até a casa de um amigo criador de cães, na Cidade Nova 8, para avaliar alguns dos animais. Porém, algumas ruas antes da casa do amigo foi abordado por dois desconhecidos. Segundo o que testemunhas repassaram à polícia, Magalhães não reagiu quando os meliantes mandaram que ele entregasse a moto. Ao perceber que um deles estava armado, o PM fez o que os desconhecidos estavam mandando: parou a moto e retirou o capacete. Porém, ao ser reconhecido, um dos assaltantes teria dito: 'Ele é PM! Atira logo!', comando que foi imediatamente atendido pelo comparsa. A vítima foi alvejada com dois tiros que a atingiram no abdôme e no tórax. Em seguida, os assassinos fugiram. Um deles teria se valido de um mototáxi, enquanto o outro teria fugido num Palio. A motocicleta da vítima não foi roubada.
Magalhães foi socorrido por uma viatura policial da 3ª Zpol, comandada pelo sargento Raimundo Lago. Os colegas de farda o levaram para o Hospital Metropolitano, onde ele ainda chegou a ser recebido com vida. Foram feitos todos os procedimentos de praxe para tentar reanimá-lo, porém, às 12h40 a morte foi confirmada.
Imediatamente, várias guarnições do Canil, da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e da Companhia de Operações Especiais (Coe) se mobilizaram no sentido de localizar os envolvidos no homicídio. Alguns suspeitos foram detidos, mas até as 19 horas nenhum deles havia sido reconhecido. Por volta das 16h, familiares de Magalhães foram informados de que os culpados já haviam sido identificados, mas ainda estavam foragidos. Eles seriam dois assaltantes que estiveram presos recentemente e que estavam em liberdade desde o dia das mães, licenciados pela Justiça.
Ao serem comunicados sobre a morte, familiares do cabo Magalhães autorizaram a doação de seus órgãos. Porém, isso não foi possível. 'Infelizmente, como os tiros pegaram no peito e abdôme, muitos dos órgãos internos foram prejudicados. Nós então ficamos na expectativa de doar, pelo menos, as córneas. Mas isso também não foi possível porque ele tinha catarata', lamentou a esposa, a administradora Simone Lira, 37.
Até o final da tarde de ontem, a família ainda não havia decidido onde o corpo seria velado.
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