quinta-feira, 7 de maio de 2009

“Paredão” acerta contas no Remo

No AMAZÔNIA:

O Departamento Jurídico do Remo comemorou um acordo feito com o goleiro Adriano, que cobrava na Justiça do Trabalho uma dívida referente a salários atrasados e encargos não pagos em alguns meses de 2008. O jogador já havia feito um acordo com o clube, mas sua dívida estava na fila de processos do TRT da 8ª Região. Agora, com o pacto firmado, o débito com Adriano acabou entrando no Projeto Conciliar, acordo que evita penhora de rendas para pagamento de dívidas trabalhistas.
Alegando segredo de justiça, as partes envolvidas não revelaram os valores do acordo e nem o prazo para a quitação dos débitos. Mas as especulações são de que Adriano receberá R$ 60 mil. Inicialmente, ele pedia R$ 210 mil pelos direitos trabalhistas referentes a sete meses de salários não pagos em 2008 (15 dias de maio e dezembro e os meses de junho a novembro daquele ano).
O jogador, que acaba de acertar sua transferência para o Águia de Marabá, teria aceitado o acordo para não fechar de vez as portas de olho em um futuro retorno ao Baenão.
O Projeto Conciliar é um acordo firmado por Remo e Paysandu com o TRT, em 2008, que obriga os clubes a destinar 10% de todas as receitas para o pagamento de dívidas, com o compromisso de os clubes passarem, a partir daquela data, a honrar seus compromissos.
Isso evitou que os credores pedissem leilões de patrimônios do clube ou penhorassem as rendas de seus jogos, o que asfixiava a todos. Eles passaram, então, para uma fila, com a certeza que receberiam tudo de acordo com o que entrasse em caixa.
Edinaldo - Para o diretor de futebol do Clube do Remo, Lucival Alencar, a cessão do jogador para o maior rival é uma prova do bom relacionamento entre os dois clubes. 'Não temos problema algum em emprestar jogadores, seja para qual clube for. Ele [Edinaldo] ficaria sem jogar até setembro, por isso achamos melhor o empréstimo', explicou.
O último episódio de jogador cedido sem ônus de um clube para o outro aconteceu há 16 anos. Em 1993, o Remo cedeu o centroavante Rildon, mas dois meses depois, o negócio foi desfeito. Sobre o interesse do Águia por Edinaldo, Alencar reconheceu que ele aconteceu, mas que teve prioridade quem foi mais célere.
'O primeiro contato foi com o Paysandu através do Clodomir [Araújo Filho, diretor de futebol bicolor]. Só depois fomos procurados pelo pessoal do Águia. Por isso o Paysandu teve a preferência e fechamos o acordo.'

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