A vida é uma só.
Sistemas judiciais que abrigam o instituto da pena de morte sempre oferecem exemplos que, no mínimo, ensejam uma profunda reflexão em países como o Brasil, onde muitos são favoráveis a que se institua a pena capital para certos tipos de crime.
Vejam agora nos Estados Unidos.
Paul House passou 22 anos no corredor da morte pelo estupro e assassinato de uma mulher, em 1985.
Ele seria morto pelo Estado no mês que vem.
Pois agora ele foi absolvido.
Graças a um teste de DNA, a Justiça do Tennessee o absolveu de todas as acusações.
E aí?
E se House fosse morto?
Seria morto como inocente.
E quem lhe restituiria a vida?
2 comentários:
O grande problema é que esses bandidos nos decretam a pena de morte todos os dias. A morte pode estar nos esperando em qualquer esquina, sem que tenhamos, sequer, a possibilidade de defesa. A morte se banalizou. Só quem mata é que ainda vai para julgamento. O médico Salvador Namias, por exemplo, foi condenado à morte sem ter cometido nenhum crime. Ao contrário, ele salvava vidas. Os valores se inverteram em nossa sociedade.
Pois quando o Estado legaliza o assassinato, está incentivando outras condenações à morte como a do médico Nahmias. Se pena de morte resolvesse, os Estados Unidos seriam uma enorme ilha de paz e amor, a China seria um mundo de gente feliz e os fascistas que defendem a medida poderiam condenar milhões à miséria sem ter medo, como o anônimo das 13:31.
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