domingo, 3 de maio de 2009

Os gigantes se encontram

No AMAZÔNIA:

A final do Parazão, enfim, volta a ser disputada pelos melhores times da competição. E, pelo segundo ano consecutivo, uma equipe interiorana ameaça entrar para a história do campeonato. Paysandu e São Raimundo se enfrentam hoje, às 16 horas, no Mangueirão, em condições idênticas e sem favoritismo. Até porque, se o Papão tem a maior torcida, o Pantera fez a melhor campanha.
Há dois anos sem decidir o Estadual, os bicolores lutam para reconquistar a confiança dos torcedores. Vencer é questão de honra para o Paysandu, que tem a chance de desempatar com o Remo em número de títulos e manter a hegemonia dos 'gigantes' no Parazão. Para os alvinegros, não é diferente. O time santareno nunca disputou uma final do Paraense. Em 2009, fez por merecer. Agora, passa pelo teste.
O São Raimundo agiu como uma grande equipe desde o início do campeonato. Ameaçou o Paysandu na final do primeiro turno, atropelou o Leão na final do segundo. Hoje, mesmo após o revés na Justiça Desportiva, entra em campo com a missão de estragar a festa do adversário. Ao Papão, cabe recuperar o embalo da primeira etapa da competição e fazer jus a tradição dos 'times de massa'.
Para Zé Augusto, o jejum de títulos aumenta a pressão e as cobranças sobre o time bicolor. 'Se tivéssemos conquistado o título nos últimos anos, não teríamos a mesma responsabilidade. Precisamos entrar com mais vontade, porque nossa torcida é maior', diz o Terçado, que provavelmente será utilizado como arma pelo técnico Edson Gaúcho.
No São Raimundo, mudar a história do futebol paraense é a principal meta do time. 'Queremos ficar com o título do Campeonato Paraense, um feito inédito para Santarém', diz o meia Michell, carta na manga do comandante Válter Lima.
Uma única dificuldade atormenta as duas equipes: o excesso de cartões amarelos. Os times finalistas têm, cada um, seis jogadores pendurados. No Papão, os riscos de desfalque são Rafael Córdova, Roni, Luciano, Dadá, Mael e Zé Carlos. No Pantera, as ameaças são Filho, Preto Marabá, Eric, Tinha, Michel e Garrinchinha. A iminência da suspensão - e até da expulsão - dão o tom inquietante da decisão.
Os desfalques para o primeiro jogo preocupam menos o São Raimundo, que não terá o volante Cléberton. Já o Paysandu entra em campo sem os meias Rossini, suspenso, e Vélber, de sobreaviso. Ou seja, para os santarenos, enfrentar um dos 'gigantes' é o principal desafio. Para os bicolores, a maior dificuldade será mostrar essa grandiosidade.

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