No AMAZÔNIA:
Em 101 anos de disputa e 96 edições, o Campeonato Paraense jamais teve um campeão do interior. Até o final da década de 70, União Esportiva (extinto), Remo, Paysandu e Tuna reinavam absolutos nos gramados, sem terem a hegemonia ameaçada por equipes de menor porte da capital e do interior.
Mas, a partir de 1981, essa história começou a mudar de rumo. O primeiro time chamado de pequeno a assustar os grandes foi o Izabelense, hoje afastado do campeonato, que numa disputa com o Paysandu acabou ficando com o vice-campeonato daquela temporada. O feito do Frangão foi seguido por Castanhal, Ananindeua e Águia, todos do interior do estado.
O Castanhal disputou a final do Parazão de 2000 contra o Paysandu. A decisão aconteceu em três jogos, que registraram um empate (0 a 0) e uma vitória (1 a 0) para cada um dos lados. O curioso é que o Japiim encerrou o campeonato com 39 pontos, enquanto os bicolores somaram obtiveram 36, mesma pontuação da Tuna Luso, que na classificação geral ficou na segunda posição. O regulamento confuso do campeonato gerou muita polêmica. As partidas foram disputadas em Castanhal (uma) e Belém (duas). No terceiro confronto, o gol da vitória castanhalense foi anotado por Jurinha.
Três jogos tiveram trio de árbitros de fora. No primeiro deles o apitador foi Edilson Pereira de Carvalho, banido do futebol por encabeçar a máfia do apito, desbaratada em 2005. O Japiim tinha como time base Ivair; Valentin, Marcelo Soares, Josias e Luiz Carlos Acreano; Vânderson, Vartúlio, Carlos Wálber e Jurinha; Luiz Carlos Apeú e Edil. O técnico era João Duarte.
Em 2006, o Ananindeua com uma boa equipe fez a final contra o Paysandu, perdendo o primeiro por 2 a 1 e vencendo o segundo por 3 a 2. Nos pênaltis a Tartaruga foi derrotada por 4 a 1, deixando escapar o título máximo. Os gols do Ananindeua, no jogo final, foram anotados por Guto e Jeferson (dois). Balão, cotado para entrar jogando contra o São Raimundo, descontou para o Papão. A partida foi disputada no dia 9 de abril.
No ano passado o Águia decidiu com o Remo o título e terminou como vice-campeão. Foram dois jogos. No primeiro deu empate (1 a 1), enquanto o segundo confronto terminou com a vitória do Leão, por 2 a 1, gols de Léo Guerreiro e Ratinho, para os azulinos, com Marclésio fazendo o gol de honra do time de Marabá. A partida teve público de 30.221 torcedores. Mesmo não tendo atingiu seu objetivo máximo, o Azulão foi recebido com festa por seus torcedores. O vice-campeonato deu ao Águia o direito de disputar pela primeira vez a Copa do Brasil, este ano.
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