sábado, 23 de maio de 2009

José Prado na Secom: o homem certo no lugar certo


Vejam só.
De onde menos se espera, de lá é que vem; ou não vem – como queiram.
Sua Excelência a governadora Ana Júlia, às voltas para encontrar um substituto para o doutor Fábio Castro na Secretaria de Comunicação (Secom), bem que poderia dar uma passadinha lá pela Casf, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco da Amazônia (Basa).
Se passar por lá, encontrará Sua Senhoria o presidente da entidade, José Prado.
Ele é o cara.
É o nome dos sonhos de Ana Júlia – com todo o respeito, é claro – para a Secom.
Prado é capaz de transformar água em vinho.
É capaz, com seus argumentos, de dizer que a Casf é o Íbis, o pior time do mundo; ou vice-versa.
Se é capaz de tudo isso, será capaz de dizer que o governo é um governo de obras, de realizações. Por isso, é candidato forte ao lugar de Fábio.
Cliquem nas imagens acima para ampliá-las e leiam o que tem lá.
Trata-se de uma peça – no mais amplo sentido do termo - assinada por Prado.
A peça vem em forma de resposta a um ofício que ele recebeu da presidente do Sindicato dos Jornalistas, Sheila Faro, pedindo informações sobre os porquês da demissão do jornalista Francisco Sidou, afastado sob a acusação de que “vazou” uma nota publicada no Diário do Pará.
“O Sinjor-PA alerta ainda a Diretoria da Casf que a demissão do referido jornalista assume características de perseguição e de assédio moral, o que a torna ainda mais moralmente condenável o ato praticado”, diz Sheila, que exige, ao final do expediente, a reintegração do jornalista. Isso não aconteceu, evidentemente.
Pois leiam o expediente de Sua Senhoria o presidente da Casf.
É gracioso. Outros diriam que é bizarro.

Custos? Que custos?
Em resumo, Prado atribui o afastamento de Sidou à “contenção de custos”. Acrescenta ainda que outros 23 profissionais também foram afastados.
É mesmo?
Tudo foi por contenção de custos?
Doutor Prado poderia, então, justificar a contratação, pela Casf, de uma empresa de consultoria técnica do Ceará, à qual já pagou a bagatela de R$ 600 mil. Por mês, a Casf desembolsa quase R$ 30mil.
Há informações ainda de que contratou uma empresa multimídia por R$ 6 mil.
E aí?
E aí que Sidou ingressará em juízo na próxima semana.
Além de reclamatórias sobre diferenças salariais devidas pelo exercício da função técnica de jornalista, na Casf, desde 1998, Sidou também ajuizará uma ação por danos morais pela demissão imotivada e arbitrária.
Busca elementos para demonstrar que o assédio moral se configurou no curso de um ano. Queriam que ele pedisse demissão, mas ele não pediu.
Doutor José Prado para a Secom.
É o homem certo no lugar certo.
Putz!

5 comentários:

Bruno_Philósopho disse...

Mano,

Acho que aqui não cabe falar esses impropérios de substituição. A verdadeira culpa não é dos índios que compõem a oca e sim do chefe da tribo, que não sabe fazer ela crescer.

Ana Júlia é quem deveria ser substituída. Quem sabe ai esse governo passe a funcionar. E defendo isso no Blog: Destituição da governadora. Porque não dá para ligar incompetência com desenvolvimento. Mas ela mesma deveria fazer uma regressão no tempo para ver onde errou. Quem sabe ai as coisas passem a melhorar na vida de todos.

Anônimo disse...

Daria uma dupla genial no governo do PT: Donana, de um lado, e Dom Prado I, do outro. o Fábio Castro ia morrer de inveja.

Anônimo disse...

Esse povo quer se perpetuar nos cargos?

. disse...

"Doutor José Prado para a Secom.
É o homem certo no lugar certo."

Ofensivo aos profissionais da Secom esse seu paralelo.
Respeito é bom todo mundo gosta. Suponho que você, inclusive!

Anônimo disse...

Nos bastidores da Casf,os funcionários estão vivendo um clima de pânico diante das ameaças veladas do sr.Prado de demitir tantos quantos forem necessários, de forma a atender às exigências da ANS. Ele está apavorado e só consegue transmitir insegurança e revolta com as ameaçads que faz. O clima organizacional está contaminado pelo vírus da virulência e arrogãncia do presidente. Até a psicóloga contratada para "melhorar o clima" também foi demitida. O que se comenta é que seu pavor é de ver seus bens indisponíveis diante de uma possívelintervenção da ANS em função da crise de gestão na Casf. Crise provocada pela sua própria diretoria , que desde 2001 vem protelando a formação de tal Fundo Garantidor, exigido desde aquela data, de todas as operadoras de planos de saúde. Prado não deu bola para o Fundo e agora está apavorado diante da cobrança de seus oito anos de omissão, que resultaram numa salgada fatura que está agora sendo cobrada pela ANS, de quase dois milhões de reais.
Como está "perdidaço" para justificar sua própria omissão e leniência administrativa, procura encontrar culpados para fugir de suas responsabilidades. Assim, já demitiu 21 profissionais, entre os quais o jornalista Francisco Sidou, "o bode na sala" que Prado queria tirar há quase dois anos e ainda não tinha tido coragem de assinar o ato. Aproveitou a "deixa" da ANS e alegou redução de despesas,embora já estivesse engatilhada a contratação de uma empresa de mídia para fazer o trabalho do jornalista, custando cinco vezes mais que seu salário, que era de apenas R$-1,8 milmensais. A senha para a "degola" do jornalista foi ele ter assumido posição contrária ao corte de vales-transportes e vales-refeições de funcionários, como medidas de economia,que considerou uma mesquinharia, em plena assembléia geral dos funcionários, no que foi aplaudido por todos. Apavorado diante da eleição da chapa de oposição para o Conselho Fiscal da Casf, que vai analisar a contabilidade da entidade - principalmente o contrato generoso com a Consultoria do Ceará, que já levou mais de 600 mil, quando em Belém há empresas especializadas que fariam o mesmo serviço pela metade desse valor - Prado está vivendo seu inferno astral, diante de uma nova e iminente derrota que já se vislumbra nas eleições para a diretoria em 2010. Quem ele apoiar será fragorosamente derrotado,é que avaliam os analistas,inclusive os de seu próprio "núcleo duro",que já preparam o desembarque do projeto continuísta. Descontrolado,Prado deu até mesmo de ordenar o "grampo" ilegal de telefones dos funcionários para ouvir o que eles conversam. É o começo do fim de seu reinado. Logo, sua ida para Secom seria um alívio para os funcionários da Casf,mas também um pesadelo para os servidores da Secom. Eles não merecem. Ninguém merece.