terça-feira, 12 de maio de 2009

Estudantes fecham avenida

No AMAZÔNIA:

Alunos de seis escolas de Belém interditaram a avenida José Malcher, ontem à tarde, para protestrar contra os problemas da Educação no Pará. Eles listaram, por exemplo, uma escola recentemente reformada que continua com banheiros quebrados e outra, ainda em reforma, sem aulas. Se a greve dos professores perdurar, temem que o prejuízo seja maior ainda.
A interdição começou por volta das 13h e durou cerca de uma hora. A Polícia Militar acompanhou a mobilização, mas não interveio. Agentes da Companhia de transportes de Belém (Ctbel) desviaram o trânsito à altura da avenida Alcindo Cacela, evitando longo engarrafamento.
Com a ajuda de um carro-som, os cerca de 200 estudantes das escolas Ulisses Guimarães, Augusto Meira, Vilhena Alves, Deodoro de Mendonça, Pinto Marques e Orlando Bitar ocuparam a pista para criticar a falta de estrutura escolar e os impactos de mais uma greve. O presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (Umes), Cleiton Costa, disse que os estudantes não estão contra os professores porque acreditam que a questão salarial é um dos problemas que comprometem a qualidade do ensino público.
Hoje, eles prometem participar da manifestação dos professores em greve, na Praça Santuário, numa tentativa de pressionar o governo a atender às reivindicações docentes e evitar o prolongamento da paralisação.
Os estudantes sustentam que mais tempo parado significa conteúdos não ensinados a tempo dos vestibulares e adiamento do calendário escolar. Os alunos Igor Alencar, Iracildo Góes, Elizabeth Barros e Ramilly Gonçalves revelam que esses foram os prejuízos da última greve, no ano passado.
Este ano, as aulas no Ulisses Guimarães, onde o grupo estuda, só se iniciaram em março. A situação deixa os alunos aflitos com a possibilidade de não estar preparados para o simuladão Prise (Processo de Ingresso Seriado da Uepa) realizado pela escola em junho.
A escola também apresenta problemas que não foram corrigidos pela reforma realizada este ano, no valor de R$ 93 mil. Há infiltrações nas paredes, improviso para fechar buracos que não foram ocupados por aparelhos de ar condicionado, banheiros e bebedouros quebrados.
Segundo os estudantes, eles precisam comprar água mineral na rua e não podem utilizar o laboratório de Química por causa da falta de água na escola. O laboratório de informática também é inutilizado, segundo os alunos.

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