sexta-feira, 15 de maio de 2009

Encontro discute como evitar o tráfico de mulheres

No AMAZÔNIA:

A migração feminina do Brasil para o Suriname está sendo discutida desde ontem, no 'I Encontro Binacional Brasil-Suriname', no Hotel Beira Rio. O evento tem como objetivo fortalecer a articulação das organizações governamentais e da sociedade civil organizada no Brasil e no Suriname, além de promover ações integradas de atenção à migração feminina entre os dois países. O intenso fluxo de mulheres que migram do Brasil para o Suriname, foi o motivador da realização do evento. Em muitos casos, essa migração leva à situação de vulnerabilidade e de demanda por serviços e proteção.
A intenção é elaborar propostas de atuação e cooperação entre os vários organismos e instâncias dos dois países para promover ações integradas de atenção à migração feminina. De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, José Roberto Martins, a ideia é fortalecer a relação entre os dois países, além de trocar experiência entre Brasil e Suriname. 'Queremos fortalecer políticas de direitos humanos, dando enfoque em especial a questão das mulheres. São pessoas que deixam o País com a expectativa de mudar de vida, de ganhar dinheiro e viver melhor, mas depois acabam em um trabalho indigno e escravo', declarou o secretário. No final do encontro, será elaborado um documento com recomendações propostas para a atuação nos dois países, no que se refere à atenção às mulheres migrantes, à responsabilização dos autores de crimes relacionados à migração e a ações de prevenção ao tráfico de pessoas.
Um relatório da ONG Fórum da Amazônia Oriental (Faor), lançado em 2007, mostrou que a Amazônia é a principal rota de saída para o tráfico de mulheres. A expectativa em conseguir um emprego no garimpo é o principal atrativo do Suriname. Esse também é o motivo que transforma o país em porta de entrada de mulheres aliciadas no Brasil por organizações criminosas de tráfico de pessoas. Em geral, essas mulheres são vítimas de redes de aliciamento que realizam tráfico de pessoas para o trabalho na prostituição.

Um comentário:

Anônimo disse...

Justo, correto, necessário e pertinente a preocupação e a busca de soluções para o problema.
Mas, uma pergunta fica no ar: essas mulheres que viajam, vão obrigadas?
Elas não sabem o "tipo" de trabalho que estão se propondo? (ou será que são ingênuas ao ponto de sonhar que irao "apenas" dançar o ser garçonetes nessas espeluncas?!
Não imaginam em nenhum momento que serão exploradas?
Será que seriam tolinhas a esse extremo?